Quebrando Regras
Quebrando Regras
Hoje, até quem gostaria de continuar invisível pode acabar se tornando um fenômeno viral, vide o Star Wars Kid. É o que acontece com Jake Tyler (Sean Ferris), jovem que é obrigado pela mãe a se mudar do interior de Iowa para a ensolarada Flórida, onde seu irmãozinho vai frequentar escolas de tênis para futuros campeões. No seu último jogo de futebol americano, ele se mete em confusão e a briga acaba na Internet. Quando chega na sua nova escola, todo mundo já conhece sua fama, incluindo aí o valentão Ryan McCarthy (Cam Gigandet), que participa de torneios de MMA (sigla em inglês para Artes Marciais Combinadas), o Vale-Tudo do momento.
O resto você sabe bem como é, então, no melhor estilo Angry Allien, aqui vai o resumo em 30s: no começo ele não quer lutar, mas leva uma surra; depois começa a treinar; pega gosto; seu treinador é adepto da luta limpa utilizada apenas para desenvolver sua força interior e não para brigar na rua; a garota bonitinha tem os seus segredos; eles se apaixonam; o melhor amigo se dá mal; chega a hora da revanche.
Por trás dessa trama, ainda há os toques dramáticos. Todo mundo - e eu estou dizendo TODO MUNDO MESMO! - tem problemas familiares mal resolvidos. E, bom, com exceção do Djimon Hounsou, a inexperiência dos atores pesa na hora de contar experiências pessoais. Não dá para se emocionar com os abdômens bem definidos dos atores, ou com os biquinis e barrigas de fora da mocinha interpretada por Amber Heard e suas amiguinhas.
Tem muita gente por aí dizendo que Quebrando Regras (Never Back Down, 2008) é uma mistura de Karatê Kid e Clube da Luta. Até entendo, mas, para mim, ao lado do clássico da Sessão da Tarde estrelado por Ralph Machio e Pat Morita deveria estar Velozes e Furiosos. A adrenalina da contravenção daqueles que participam de lutas clandestinas é a mesma dos rachadores e até o estilo videoclipe da montagem e a trilha sonora têm tudo a ver um com o outro. E o público, você pode apostar, é o mesmo. Para o bem e para o mal.