Cena de The Batman, novo filme da DC

Créditos da imagem: Warner Bros./Divulgação

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Batman precisava de mais um filme? Matt Reeves comenta versatilidade do herói

Diretor resgata origem do personagem nos quadrinhos e comenta dualidade com o Superman

Omelete
3 min de leitura
15.02.2022, às 16H07.
Atualizada em 28.02.2024, ÀS 00H47

Desde que Tim Burton transformou Michael Keaton no Cavaleiro das Trevas de toda uma geração, em Batman (1989), 11 filmes em live-action contaram com participação de alguma versão do herói. Em 2022, a produção de número 12 chega à lista sob a visão do cineasta Matt Reeves: Batman terá Robert Pattinson sob o capuz, e o Omelete conversou com o diretor da aventura para entender o que faz do Cavaleiro das Trevas um personagem versátil o bastante para se manter relevante mesmo depois de tantas reimaginações.

"Eu acho que é porque há algo nos elementos do mito dele que são muito próximos ao público", explicou Reeves. "Sabe, para um personagem de um gênero super-heróico, ele não tem poderes especiais. O que ele tem é um ímpeto especial. Um ímpeto super-heróico para resistir e lutar contra algo que é realmente muito pessoal. Então, sua história de origem - embora nós não a façamos neste filme - é conhecida pelas pessoas. E é muito pessoal; logo, o que você sabe neste filme é que isso é o que o motiva. E, o que ele está tentando fazer com essas ações super-heróicas, é entender sua própria vida. O Batman é uma figura é aspiracional, mas também é incrivelmente relacionável, e eu acho que é essa mistura".

Remetendo às origens do Cavaleiro das Trevas nos quadrinhos da DC, Reeves também levanta a hipótese de que a contraposição do Batman com o Superman, outro colosso das histórias da editora, também ajuda a manter o interesse no Homem-Morcego. "Bob Kane e Bill Finger o criaram no vácuo do Superman — que é essa história altamente idealizada, americana e idealista — e a positividade disso... Eu acho que eles queriam encontrar um novo personagem que pudesse capitalizar nisso, e o fizeram em reação, porque eles decidiram ir com essa abordagem noir, mais sombria. As pessoas amaram isso também".

Por fim, o cineasta ainda citou a universalidade de Gotham City, palco para as grandes aventuras do Batman nas páginas, na TV ou no cinema, como outro alicerce para a popularidade do Cavaleiro das Trevas. "Há algo sobre Gotham ser um lugar tão imperfeito, com tanta traição para cima e para baixo, que isso ecoa o nosso mundo, mas é também uma bela fantasia, poder ver um cara lutar com essas forças. Então, eu não sei, acho que é um mito poderoso que foi criado e é um testamento a esse poder que as pessoas ainda se interessem por ele".

Dirigido por Matt Reeves (Planeta dos Macacos), Batman tem no elenco Pattinson como o Homem-Morcego, Paul Dano (Charada), Zoë Kravitz (Mulher-Gato), Jeffrey Wright (Comissário Gordon), Andy Serkis (Alfred) e Colin Farrell (Pinguim).

A estreia do filme ficou para 3 de março no Brasil, e a pré-venda dos ingressos já começou.

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