HQ/Livros

Notícia

DC Comics | Os Novos 52 - Análise dos títulos da reformulação - Parte 2

De Batman & Robin a Superboy - Semana II do reboot

20.09.2011, às 00H00.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H36

A segunda semana (ou terceira, se você contar o lançamento solo de Justice League no final de agosto) veio com várias séries totalmente novas - como Demon Knights e Frankenstein - ou ressuscitadas de longa data - como (sem trocadilho) Resurrection Man e Grifter. Também foi um desfile de quadrinistas brasileiros: Joe Bennett (Deathstroke), Diógenes Neves e Oclair Albert (Demon Knights), Ed Benes (Red Lanterns) e R.B. Silva (Superboy).

Foi a semana da esperada Batwoman, que a DC enrola há meia década para lançar (em parte por homofobia) e da volta das séries que ficavam entre as mais vendidas da editora: Batman and Robin e Green Lantern. Mas, fora o que já era esperado, a DC não conseguiu surpreender com as novidades.

Green Lantern

None
Green Lantern

Batman & Robin

None
Batman & Robin

Red Lanterns

None
Red Lanterns

Ressurection Man

None
Ressurection Man

Legion Lost

None
Legion Lost

Grifter

None
Grifter

Mr Terrific

None
Mr Terrific

Batwoman

None
Batwoman

Demon Knights

None
Demon Knights

Suicide Squad

None
Suicide Squad

Deathstroke

None
Deathstroke

Superboy

None
Superboy

Frankenstein

None
Frankenstein

Acompanhe o que já escrevemos - sobre Justice League #1 e sobre a primeira semana de lançamentos - e siga abaixo para ver as séries que achamos que valem a leitura.

Batman and Robin #1

Esta parece ser uma das edições mais bem cuidadas do reboot: Batman não teve o passado apagado, mas ganha um roteiro de Pete Tomasi que explora a relação complicada que tem com o filho Damian - seu novo Robin, que insiste em chamá-lo sempre pelo frio "father". Desenhos excelentes de Patrick Gleason só colaboram.

Vale a pena acompanhar? Sim!

Batwoman #1

O único problema da arte de J.H. Williams III é que você fica com vontade de admirar cada quadro, cada composição, ao invés de seguir com a história. Que bom seria se todas as HQs tivessem problemas assim. Solução muito simples: leia de novo. No roteiro, também de Williams III, Batwoman combate o crime em Gotham, uma nova assassina serial está à solta, o passado volta para encher a paciência e a edição termina meio que rápido demais. Mas dá gosto voltar pro início e analisar cada linha.

Vale a pena acompanhar? Sim! Mesmo que não tivesse história, já valeria só pelo visual.

Deathstroke #1

Premissa: o Exterminador é um papel para Clint Eastwood: Mercenário profissional, que sempre fez aquelas missões impossíveis, mas todo mundo acha que ele envelheceu. A primeira edição - ponto positivo: uma história completa! - nos diz que ele vai mostrar para todo o "mercado" que ainda tem muito avião para explodir e cabeças para acertar. O roteiro de Kyle Higgins é hollywoodiano nos diálogos frios e nas reviravoltas. A arte de Joe Bennett segue este ritmo.

Vale a pena acompanhar? Como não houve ganchos, a decisão fica para a próxima edição.

Demon Knights #1

Etrigan, Vandal Savage e Madame Xanadu são o trio improvável que se une no Universo DC medieval. Confesso que não entendi se os personagens viajaram no tempo (pelas menções a acontecimento e tecnologias atuais) ou se são mesmo suas versões medievais. Paul Cornell e Diógenes Neves só colaboraram para minha confusão.

Vale a pena acompanhar? Não.

Frankenstein: Agent of S.H.A.D.E. #1

A versão DC do monstro de Frankenstein é um agente de uma organização secreta (todas as organizações da DC são secretas?) que só enfrenta ameaças monstruosas. Jeff Lemire tenta recuperar a piração que Grant Morrison deu ao personagem durante a saga Sete Soldados, mas por enquanto só fez uma edição bagunçada e simplória. E parece outro caso de desenhista - Alberto Ponticelli - tendo que entregar as páginas às pressas.

Vale a pena acompanhar? Não.

Green Lantern #1

Sendo uma das séries de maior sucesso da DC nos últimos anos, a nova versão do Lanterna Verde continua o que estava sendo feito com o personagem - inclusive com a mesma equipe criativa: Geoff Johns e Doug Mahnke. As novidades são que Sinestro tem o anel de Hal Jordan, enquanto este vira só mais um desempregado qualquer na recessão norte-americana - e não sabe fazer nada quando não é um Lanterna Verde.

Vale a pena acompanhar? Se você já acompanhava Lanterna Verde antes, sim. Se vai começar pelo reboot, não.

Grifter #1

Outra série que peca em não deixar as coisas claras aos leitores. Você suspeita, por saber um pouquinho do universo Wildstorm, que Grifter é o único cara do mundo que consegue ver uma raça alien que se disfarça como seres humanos. Ao matar esta gente-que-não-é-gente na frente dos outros, acaba sendo tratado por louco e um dos homens mais procurados pela polícia. Clichê demais.

Vale a pena acompanhar? Não.

Legion Lost #1

Uma divisão da Legião dos Super-Heróis cai na nossa época na caça a um vilão, as coisas dão errado e parece que eles vão ter que ficar por aqui. Fabian Nicieza e Pete Woods - que parece ter desenhado a edição de um dia para o outro - não fazem muito para lhe convencer a ler a próxima.

Vale a pena acompanhar? Só se você é fanático pela Legião.

Mister Terrific #1

Michael Holt é o terceiro homem mais inteligente do planeta ("quem são os dois primeiros?", pergunta uma personagem da edição; ninguém responde), é um inventor multibilionário e quer salvar o mundo como super-herói. Tem algo aí no conceito que não se sustenta. A primeira edição é inconsistente até nos desenhos (de Gianluca Gugliotta), e o roteiro (Eric Wallace), que termina com o possível assassinato do futuro presidente dos EUA, não empolga.

Vale a pena acompanhar? Não.

Red Lanterns #1

Atrocitus vive da raiva, é raivoso e está enraivecido. Os Lanternas Vermelhos vivem da raiva, são raivosos e estão enraivecidos. Tem um cara da Terra que vive de raiva, é raivoso e está enraivecido - e daí suponho que vá virar o Lanterna Vermelho terrestre. Foi isso que entendi da HQ de Peter Milligan e Ed Benes. Foi o bastante.

Vale a pena acompanhar? Não.

Resurrection Man #1

O personagem criado por Dan Abnett e Andy Lanning teve série própria na década de 90, que nunca chegou ao Brasil. Seu poder é ganhar um novo superpoder toda vez que morre (e ressuscita, óbvio). Tem organizações secretas atrás dele, assim como duas assassinas maluquinhas. A nova série faz referências à original, mas parece que quem não leu (meu caso) consegue acompanhar. Incomoda um pouco o desenhista Fernando Dagnino copiando o estilo do desenhista original da série, Jackson Guice.

Vale a pena acompanhar? Por enquanto.

Suicide Squad #1

A história já começa com o novo time de suicidas sendo torturados pelos inimigos, enquanto cada um lembra-se do que os levou a serem capturados. A edição ganha pontos por essa estrutura mais ousada, mas perde na divisão de tarefas entre os desenhistas Federico Dallocchio (bom) e Ransom Getty (ruim). Como o conceito da equipe - lá dos anos 80, criada por John Ostrander, com vilões podendo trocar a pena por fazer serviço sujo pro governo - é legal, dá vontade de ver como o roteirista Adam Glass vai usá-lo. E ainda tem a Amanda Waller gatona.

Vale a pena acompanhar? Por enquanto.

Superboy #1

Superboy passa toda sua primeira edição dentro de um laboratório, onde ele é a experiência de uma organização secreta que - pelo que deu para entender - tenta clonar o Superman. Tem algum mistério maior por trás, mas o roteiro de Scott Lobdell não conseguiu ativar minha curiosidade. Destaque para o reboot de Fairchild - do Gen13 - agora como a cientista responsável pelo Superboy, e para a referência Astro Boy (pelo menos eu achei) nos desenhos do personagem por R.B. Silva.

Vale a pena acompanhar? Não.

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Ao continuar navegando, declaro que estou ciente e concordo com a nossa Política de Privacidade bem como manifesto o consentimento quanto ao fornecimento e tratamento dos dados e cookies para as finalidades ali constantes.