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Defiance | Preview

Mais do mesmo, agora com melhores efeitos especiais

13.04.2013, às 21H00.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H36

Fica cada vez mais raro ver uma série de ficção científica original na TV. A fórmula usada em vários novos programas que se denominam originais é clara, sempre trazendo o herói incompreendido, seu fiel escudeiro, uma donzela em perigo e uma cidade específica como pano de fundo. Defiance não é uma exceção.

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A ideia é mostrar, mais uma vez, a Terra pós-apocalíptica e a população que agora a habita. Neste caso, a devastação ocorreru após uma guerra entre humanos e sete outras raças alienígenas, que culminou na invasão do planeta e dominação dos recursos disponíveis. Assim como Caprica, Haven, Eureka e outras produções do Syfy, a série também recebeu seu nome com base na cidade em que os heróis se estabelecem: Defiance (antes da guerra conhecida como St. Louis, Missouri, EUA).

Na trama, vemos Nolan (Grant Bowler) e Irisa (Stephanie Leonidas), um ex-soldado da guerra que lutou em um dos mais nobres e reconhecidos batalhões e sua filha adotada. Solitários andarilhos, pai e filha estão acostumados a viver sem companhia mas, ao serem atacados por mercenários, são resgatados pelo xerife de Defiance. Encarando um iminente ataque por ser uma grande colônia de humanos e alienígenas que vive em paz, é a prefeita Amanda (Julie Benz) que decide tentar convencê-los a ficar na cidade para ajudá-los com a vindoura batalha.

Um dos grandes problemas de Defiance se dá devido a aparência de alguns dos principais personagens, que é muito diferente da nossa, dificultando a identificação do público com eles. Não é novidade que séries optem por criar raças intergalácticas com traços humanóides - assim como Irisa, que tem apenas o topo do nariz um pouco mais proeminente que o resto de nós. Sua semelhança aos nativos terráqueos faz com que exista uma preocupação com seu destino. Até Datak (Tony Curran), Stahma (Jaime Murray) e Kupack (Kyle Mac), os maléficos membros da família Tarr, ganham um pouco mais de simpatia do que a bondosa médica Yewll (Trenna Keating), que parece ter um comportamento estranho e uma aparência bizarra.

Apesar dos efeitos especiais serem muito bem feitos, diferindo Defiance da habitual falta de qualidade já esperada pelos fãs do canal, a série deixa a desejar em originalidade. É possível relacionar muitos dos pontos ali abordados com diversas outras produções, que também não são originais em si. Quando vemos Nolan sentado ao bar em meio a várias raças alienígenas diferentes, é impossível não lembrar da famosa cena de Star Wars, por exemplo.

Não há nada novo em Defiance que não foi visto antes, tanto no cinema quanto na TV. No entanto, quando a necessidade é a ficção científica por si, a série cumpre seu dever e oferece uma grande variedade de armas, objetos, aparências e comportamentos que são um prato cheio para aqueles que curtem o gênero.

Defiance chega ao Brasil apenas um dia após sua estreia nos EUA, estreando no canal pago Syfy em 16 de abril. Apresentando o formato transmídia, no qual o mesmo conteúdo mostrado na série é abordado em formato de jogo (para as plataformas PC, PS3 e Xbox 360), ambos influenciando de forma diferente o desenvolvimento em ambas as tramas.

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