DVD e Blu-ray

Entrevista

Os Perdedores | Omelete Entrevista Chris Evans, Columbus Short e Óscar Jaenada

Atores falam sobre o filme, mas o assunto principal acabou sendo o Capitão América

30.12.2010, às 00H27.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 14H13

A maior parte das entrevistas feitas para promover um filme acontece alguns dias antes da sua estreia no mercado estadunidense. E como é normal em qualquer mercado, nem todo mundo se dá bem. Os Perdedores (The Losers, 2010) foi um destes casos. O filme, adaptação das HQs da DC/Vertigo que tiveram 32 números entre 2003 e 2006, arrecadou 9 milhões de dólares no seu fim de semana de estreia, em abril deste ano, e sequer ficou entre os três mais vistos. Some isso a um interesse muito maior do público pela Copa do Mundo e você terá um filme de ação sendo lançado meses depois apenas em DVD e Blu-ray no Brasil.

Mas sem saber o que aconteceria naqueles próximos dias, o elenco do filme conversou com o Omelete em Los Angeles e todos pareciam bastante animados com a ideia do filme estrear antes que seus concorrentes diretos, Esquadrão Classe A e Os Mercenários. O bate-papo seguiu a linha divertida do filme, com piadas e uma aparentemente forte ligação entre eles, especialmente entre Columbus Short e Chris Evans. E foi exatamente esta amizade entre os dois que trouxe à tona o assunto que todo mundo queria saber, mas todos estavam esperando o momento certo para perguntar: e o Capitão América? Evans, que já havia feito Quarteto Fantástico, havia acabado de aceitar o papel do Vingador e fala aqui sobre as noites sem dormir, a pressão e o medo que quase o fez desistir do desafio de encarnar o herói da Marvel.

Os Perdedores

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Óscar Jaenada

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Columbus Short

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Chris Evans

Veja como foi:

Para começar, queria saber se vocês eram fãs de histórias em quadrinhos...

Columbus Short: Toda a carreira do Chris é construída a partir das HQs [risos]

Chris Evans: Elas são ótimas. Dão ótimos filmes. É como ter uma planta baixa, que serve de referência para que todas as pessoas envolvidas tenham uma visão ampla do que estamos criando.

[Oscar entra na sala]

Columbus Short: Eu não gosto nem odeio. Foi algo que não fez parte da minha vida, mas concordo que é uma ótima matéria-prima para se fazer um filme. As pessoas têm usado essas histórias da Marvel e DC para fazer ótimos filmes. É uma ótima fonte.

Oscar Jaenada: Eu não sei qual era a pergunta, mas vou tentar responder. [risos] Os quadrinhos são como storyboards. Dá para tirar muita informação dali. Eu acho que é importante ler esses quadrinhos para poder entender quem são esses personagens e porque eles estão fazendo aquilo... [silêncio] e acho que essa não era a pergunta, né? [risos]

A pergunta era se você cresceu lendo quadrinhos.

Oscar Jaenada: Ah, não. Eu sou da Espanha e não costumamos ler muitos quadrinhos por lá.

Mas já que você estava falando sobre o personagem, como você entrou neste projeto e por que você quis vir para Hollywood?

Oscar Jaenada: Eu vim dois anos atrás para trabalhar com Jim Jarmush e ele me falou que eu tinha que vir para LA. E um ano atrás eu trabalhei com Benicio del Toro e ele me falou que eu podia vir e ficar uns 3, 4 meses por aqui. Foi aí que conheci Mary Vernieu, a diretora de casting, que disse que tinha um ótimo personagem para mim neste filme. Nós tivemos uma reunião, ela me mostrou os quadrinhos e eu logo me interessei. Daí ela me apresentou para Sylvain, que me chamou para o papel.

Quão fiel vocês foram ao material original?

Columbus Short: Muito! Nós carregávamos os quadrinhos com a gente o tempo todo.

Chris Evans: Essa é a parte boa dos quadrinhos modernos. Se você compará-lo com o que era feito nos anos 40 e 50, os quadrinhos de hoje estão prontos para virar filmes. Você não precisa ficar mudando o visual ou o tom da história.

Este ano temos Esquadrão Classe A, Os Mercenários e vocês com temas parecidos, cheios de traição, a aventura para limpar o nome, etc. Dá para comparar estes filmes?

Columbus Short: As pessoas comparam, mas acho que são animais completamente diferentes. Os Perdedores não é sobre um grupo de caras fazendo o que eles querem.

Chris Evans: Nem sei como é Esquadrão Classe A. Não vi o filme ainda.

Columbus Short: Mas você viu a série.

Chris Evans: Nunca vi.

Columbus Short: Eu via. É bem diferente. Nós nos levamos muito menos a sério do que eles. Acho que o nosso filme é divertido, engraçado. As pessoas vão dar risada, ficar colados nas suas cadeiras e se apaixonar por esses personagens e querer acompanhá-los em vários filmes. São coisas bem diferentes. Não é porque somos grupos de operação ilegais que dá para compará-los, porque não dá.

E é bom o fato de que o filme de vocês vai ser lançado primeiro que os outros aqui nos Estados Unidos?

Columbus Short: Com certeza! Sempre é melhor ser o primeiro a chegar às ruas, em qualquer negócio. Foi uma ótima estratégia de Marketing colocar nosso filme primeiro nas ruas, já sabendo que teríamos depois Esquadrão Classe A e Os Mercenários.

O filme tem cenas bastante complexas de ação. Qual foi a mais difícil de ser filmada?

Chris Evans: Acho que foi a cena da selva. Nós começamos a filmar justamente naquela sequência de abertura e tivemos que enfrentar um ambiente bem difícil. A umidade é enorme, tem mosquitos, lama e ainda temos que correr com as armas, já cansados... Tudo isso tornou essa parte bem difícil.

Vocês acabaram o filme em melhor condição física do que começaram?

Chris Evans: Será? Eu não sei.

Columbus Short: Eu não sei... Mas acho que o tanto que bebemos lá deve ter atrapalhado um pouco. [risos]

Mas como foi o treinamento?

Chris Evans: Nós tivemos ao nosso lado um cara chamado Harry Humphreys, que é "o" cara. Nós treinamos algumas semanas em Porto Rico, para aprendermos a trabalhar como uma unidade, pegar os protocolos, o linguajar e reproduzir o básico, tipo como andar com as armas e tal.

Mas vocês já tinham usado armas em outros filmes...

Columbus Short: Já, mas não da forma certa. Tem um jeito certo em como tirar sua arma do coldre. Você não quer parecer um fantoche fazendo as coisas. Tem que ser o mais natural possível. Você não pode andar com a sua arma para cima, na direção dos seus companheiros. Tem um jeito certo de andar, um jeito de pensar... Por isso creio que o treinamento foi imperativo.

Este filme também é sobre amizade. Fora das telas também existia essa amizade?

Columbus Short: Acho que quanto mais amigos você tem, mais problemas terá. Por isso acredito em um grupo como este, de cinco, seis pessoas que sejam muito, muito unidas. É mais ou menos o que tenho hoje em dia.

Chris Evans: Eu cresci em Boston e muito dos amigos que deixei lá ainda são bastante próximos. É um belo grupo de amigos.

Oscar Jaenada: Acho que é muito importante fazer amigos na sua vida, mas como tenho viajado muito, tenho poucas pessoas, mas estes que estão comigo são muito queridos.

Mas à medida que você vai ficando mais famoso, vai ficando mais difícil, não? Como dizem por aí, ou você muda ou os amigos ao seu redor mudam.

Columbus Short: Os amigos mudam, com certeza. Mas você também faz novos amigos, como Evans e eu. Eu estou fazendo isso já faz um bom tempo e não tinha achado um cara que fosse parecido comigo, que entendesse o que estou passando. Evans pode me ligar tarde da noite para falar sobre Capitão América. Talvez outros amigos deles iam ficar falando "do que você está reclamando?" Ok, é um ótimo problema, mas ainda assim é um problema.

Chris Evans: Nós realmente tivemos esta conversa.

Ah é? E o que ele estava reclamando sobre Capitão América? [risos]

Chris Evans: É por aí mesmo! Você está brincando, mas as pessoas ficam pensando: do que é que ele está reclamando?

Columbus Short: Eram questões como: devo pegar o papel ou não?

Chris Evans: Sempre tem uma lista de coisas boas e outras negativas. Há uma responsabilidade enorme em estar neste filme. É intimidador, mas ao mesmo tempo é empolgante, tem um ótimo roteiro. É uma decisão muito difícil, que muda a sua vida.

E é um contrato longo também, né?

Chris Evans: Exato! É um compromisso longo. É muita responsabilidade. Não é apenas algo que se der certo, deu e se não der, vamos para a próxima.

Então, o que pesou para você aceitar o papel?

Chris Evans: O único motivo que me levaria a dizer não era o medo. Eu estava apavorado. Acho que qualquer um que fosse chamado para assumir este tipo de responsabilidade falaria de cara que sim, porque é uma ótima oportunidade, mas daí você começa a ver os detalhes e vê como é algo intimidador. A verdade é que não dá para tomar essas decisões sem pensar muito. Ou, pelo menos, você não deveria.

Era um papel cobiçado por muita gente. Você teve que fazer um teste?

Chris Evans: Não, nenhum teste.

E agora, você já está pronto para ser o Capitão América?

Chris Evans: Viu? Essa é a pressão que eu estava dizendo. Eu tenho que dizer que sim. Se começar a pensar negativamente, nunca estarei.

Os Perdedores foi lançado no Brasil direto em DVD e Blu-ray, tanto para locação quanto para venda. Procure na sua loja ou locadora favorita.

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