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Emmy: Melhor série dramática - Xógum vs. The Crown, mas a rainha é a zebra

Só possível ataque de conservadorismo pode impedir Xógum de levar a maioria das estatuetas

Omelete
3 min de leitura
10.09.2024, às 06H00.

O Emmy 2024 está chegando, e hoje (10) o Omelete começa uma série de três matérias destrinchando as principais categorias da maior premiação da TV estadunidense, para você saber quem está competindo, quem deve ganhar, e como estão as chances daquela sua série preferida para a cerimônia do próximo domingo (15).

Neste primeiro dia, o foco são as categorias de série dramática.

Salvo um susto, vai dar Xógum

Desde a exibição de Xógum - A Gloriosa Saga do Japão, lá no primeiro semestre do ano, a série que traça a história do Japão do século XVII através da jornada do poderoso Toranaga (Hiroyuki Sanada) assumiu a ponta da corrida do Emmy, tanto pela aclamação absurda da crítica especializada quanto pelo fenômeno de audiência que a produção se tornou - pois é, audiência importa no Emmy, como bilheteria importa no Oscar, acima de tudo porque significa que uma fatia maior dos votantes assistiu à série.

Com a decisão da FX de renovar a trama para sua 2ª temporada, a campanha de Xógum foi movida das categorias de série limitada para série dramática, o que a colocou como um obstáculo enorme para a antiga favorita aos prêmios: ela mesma, The Crown.

A última dança da rainha

O Emmy 2024 é a última chance de The Crown na premiação - não que ela tenha sido esnobada em outros anos, é claro. A produção da Netflix sobre a família real (e as intrigas políticas) do Reino Unido durante o reino de Elizabeth II venceu nada menos do que 23 Emmys em sua trajetória, incluindo o de melhor série dramática em 2021, pela 4ª temporada.

Ainda assim, não é raro que o Emmy se renda à tentação de se despedir de uma grande série com um prêmio na categoria principal, mesmo que a qualidade da última temporada não tenha sido a mesma das anteriores - estamos olhando para você, Game of Thrones! Se não houvesse um Xógum no meio do caminho, esse provavelmente seria o destino da estatueta deste ano.

E as atuações?

Não vamos mentir: enquanto a disputa de melhor série dramática parece ganha para Xógum (especialmente depois de a série levar dominantes 14 estatuetas do Emmy nas categorias técnicas, premiadas antes da cerimônia principal), a briga nas quatro categorias de atuação são um pouco melhores - mas a vantagem, de novo, vai para a série de época japonesa.

Anna Sawai disputa com Imelda Staunton o prêmio de melhor atriz, uma briga entre a força de uma das personagens mais marcantes do ano (Lady Mariko) e o peso de uma atriz imensamente mais experiente e reconhecida. Difícil imaginar qualquer um tirando o Emmy de melhor ator de Hiroyuki Sanada, enquanto em atriz coadjuvante a série da Netflix leva a vantagem com a ultrapremiada performance de Elizabeth Debicki como princesa Diana.

Fora desse eixo principal, só mesmo a categoria de melhor ator coadjuvante, em que Tadanobu Asano representa Xógum diante de uma das performances preferidas dos votantes: Billy Crudup, constantemente - e merecidamente - o único elemento premiado de The Morning Show.

Em resumo, aposte em...

  • Melhor série dramática: Xógum - A Gloriosa Saga do Japão
  • Melhor atriz em série dramática: Anna Sawai, por Xógum - A Gloriosa Saga do Japão
  • Melhor ator em série dramática: Hiroyuki Sanada, por Xógum - A Gloriosa Saga do Japão
  • Melhor atriz coadjuvante em série dramática: Elizabeth Debicki, por The Crown
  • Melhor ator coadjuvante em série dramática: Tadanobu Asano, por Xógum - A Gloriosa Saga do Japão

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