Em entrevista com Marcelo Hessel, os protagonistas de Divergente, Shailene Woodley e Theo James, falam sobre cenas de ação e amor, girl power e a preparação para o segundo filme.
Em primeiro lugar, obrigado pelo tempo de vocês.
Theo James: Obrigado.
Shailene Woodley: Obrigada você.
O que é mais difícil de ser feito, as cenas de ação ou as de amor?
TJ: Elas são igualmente divertidas.
SW: As de luta...
São igualmente divertidas? Não são difíceis?
SW: Acho que, na verdade, as duas são bem difíceis, o lance das lutas é que elas são, obviamente, mais exigentes fisicamente do que as outras cenas. Mas a cena íntima entre a Tris e o Four foi realmente intensa porque queríamos ter certeza... só exigiu muito tempo e esforço para entrar nela, então queríamos ter certeza de que não era gratuita, e que aquele momento... Porque ele tira a camiseta, e eles se beijam, e nós queríamos que tivesse o valor de entretenimento nele, mas também era firmado na verdade e realmente honrasse o momento sensível, lindo e vulnerável que existe no livro.
TJ: No filme original a cena de amor ia ser muito mais longa, e terminaria numa cena de sexo selvagem, porque eles pensaram que o grande público não ia...
SW: Eles precisavam decidir entre as cenas de luta e as cenas de amor, mas no original você não saber a diferença, "eles estão lutando ou estão..."
TJ: Sim.
Está na versão do diretor, né?
TJ: Exatamente.
SW: Sim.
Desde 2011 nós temos muitos filmes de ação com protagonistas mulheres. Você sente que é uma responsabilidade agora que você faz parte disso?
SW: Não acho que seja uma responsabilidade, acho que é uma honra ser parte de um dos poucos filmes que não só dão à mulher o papel principal, mas o papel de protagonista de ação. Nesse filme você vê a evolução da Tris, você a vê se tornando uma forte heroína, e acho que isso é realmente valioso, ela não saiu já sabendo usar arco e flechas, ela realmente aprendeu suas habilidades e sua arte, e isso realmente é exemplificado na tela, acho isso demais.
Theo, você é formado em filosofia, certo?
TJ: Sim.
Então, sendo um "Erudito", como você vê esse novo movimento girl power e o papel dos homens?
TJ: Bom, sim, é uma pergunta interessante, eu tenho esperança em pensar que, talvez, especialmente, com garotas jovens entrando em um lugar que não é tão movido por homens, mas na realidade ainda acho que temos um longo caminho a percorrer. Mas eu acho que a audiência mais jovem, mulheres em especial, é motivada por personagens fortes, e o que é interessante na personagem da Shailene é que, como eu já disse, ela mantém a feminilidade, que acho bem difícil de fazer em um mundo muitas vezes dominado por homens, especialmente quando muitos personagens são escritos para homens, sabe, só pela natureza deles, então eu acho que é uma coisa muito boa, e tomara que mostre a evolução na equidade dos sexos.
Vocês começam a gravar em maio, certo? Começando em maio.
SW: Em algum momento perto dessa data.
Vocês já começaram a se preparar?
TJ: Não, ainda não, essa turnê de divulgação está sendo bem pesada.
E vocês têm um novo diretor agora, certo? Isso deixa vocês nervosos ou é algo natural?
SW: É um pouco diferente, porque o Neil Burger criou esse mundo, e foi a visão dele, então...
TJ: Sim, e também somos amigos do Neil, sabe, mas ao mesmo tempo não vejo nada errado com sangue novo e uma perspectiva fresca.
SW: Sim.
E o segundo filme é mais complicado porque não tem um começo ou um fim?
TJ: Não necessariamente, mas, acho que não o problema, mas a complexidade do primeiro filme é ter que estabelecer o mundo como o Neil fez. Então tinha muito a ser feito em um curto tempo. Então a duração do filme não é muito curta, porque tem muito para preencher, quando no segundo filme você já conquistou isso, então pode se concentrar mais nos personagens.
Você disse que encara a atuação como um meio de se expressar, não um trabalho, mas ao mesmo tempo você tem uma franquia em suas mãos. Como você se sente a respeito disso?
SW: Eu acho que dizer que é um hobby ainda está certo, mas também é minha carreira, já que toma todo o meu tempo. Mas é algo que eu faço porque amo, e sinto paixão por isso, e o dia que isso se tornar algo que é um dever, ou algo que eu preciso fazer, é o dia que eu vou parar. Porque onde está a graça nisso? Nós temos um tempo certo para viver e eu só quero me divertir.
Certo, obrigado pelo seu tempo.
TJ: Obrigado você.
SW: Obrigada você.
Divergente estreia hoje nos cinemas