Diretamente da Comic-Con 2013, em uma entrevista exclusiva, conversamos com Kazuo Koike, criador e roteirista de Lobo Solitário. O mangaká de 77 anos falou sobre a trama da segunda temporada - lançada no Japão em 2007, em 11 volumes - e o novo desenhista do mangá.
Por que você decidiu continuar o "Lobo Solitário" com a segunda temporada, "The Cub"?
Kazuo Koike: Na primeira temporada, o pai de Daigoro morre. E na segunda temporada, haverá um padrasto. Então, a história continua na segunda temporada.
Quais são as suas melhores memórias de trabalhar com Goseki Kojima no primeiro "Lobo Solitário"?
KK: Goseki Kojima era meu melhor amigo, mas ele morreu. Então, eu sinto saudades dele. Mas ele ainda é meu melhor amigo, na minha memória. E, agora, Hideki Mori é o novo desenhista. Ele está desenhando da mesma forma que Kojima, então estou muito feliz com isso.
E como se chegou a esse novo artista para a série?
KK: Hideki Mori... Ele se inspirou em Kojima desde criança. Ele copiava seus desenhos desde criança. Então, ele desenha da mesma forma que Kojima. Agora ele tem por volta dos 40 anos e é um artista muito famoso.
Qual a principal trama da segunda temporada de "Lobo Solitário"?
KK: A primeira temporada era sobre um pai e um menino, Daigoro. Eles não precisavam se falar para se comunicarem, eles tinham sentimentos um pelo outro. Mas na segunda temporada, é um padrasto, então é difícil criar uma relação entre eles. É uma relação entre um novo pai e um menino. No Japão, a segunda temporada já acabou. E a terceira temporada está para sair. A terceira temporada é somente sobre Daigoro.
Qual a diferença da indústria dos mangás de quando você começou e agora?
KK: Todos os meus estudantes estão desenhando mangás agora. Mas os meus fãs têm mais de 50 anos. Então, eu quero fãs mais novos. As pessoas mais novas, em torno dos 20 anos, gostam de "Evangelion", "Madoka Mágica" e "Gundam", esse tipo de coisa. E as pessoas mais velhas, com mais de 50 anos, gostam dos mangás "Golgo 13" de os meus mangás. Então, não há um meio termo. E eu me preocupo com isso. Agora, nós temos internet, mídia social, temos coisas digitais. O mangá não fica restrito ao Japão. Há pelo mundo inteiro. Então, há uma mistura entre eles.