Em uma entrevista exclusiva no Festival de Toronto, Érico Borgo conversou com Ron Howard, diretor e produtor de Rush - No Limite da Emoção (Rush). Ele falou sobre o motivo de fazer o filme, os desafios e a adaptação de O Livro do Cemitério, de Neil Gaiman.
Como você está?
Ron Howard: Eu estou bem, obrigado.
Bom, eu tenho que dizer: eu odeio filmes sobre esportes, mas o seu é fantástico.
RH: Obrigado.
Quais foram os desafios para trazer as emoções da Fórmula 1 para as telas?
RH: Bom, o perigo foi um dos desafios, porque eu achei que íamos fazer mais corrida pelo computador, mas, ao contrário, nós fizemos mais com a câmera, porque tínhamos carros de alta performance. Nós tínhamos carros verdadeiros de de Fórmula 1 e nós também tínhamos motoristas de precisão, que podiam fazer coisas que eu não imaginava que uma pessoa pudesse fazer. Esse foi um diferente de qualquer filme de carros que eu já vi. Este foi diferente de qualquer filme de ação sobre carros que eu já tenha me envolvido.
E os desafios técnicos? Em relação a onde devo colocar a câmera para parecer mais rápido?
RH: Nós, claro, pensamos na velocidade e queríamos aquela intensidade, mas isso não era um mistério, nós sabíamos como fazer isso. Mas ficar na mente e nos corações desses corredores e mostrar para o público o que os afeta, o que os faz competir em algo que é tão perigoso e dramatizar as reviravoltas de suas vidas, na pista de corrida ou fora, foi realmente o verdadeiro desafio.
Por que você decidiu fazer "Rush - No Limite da Emoção"?
RH: Eu achei uma oportunidade única. Era um filme que eu gostaria de assistir, porque era tão diferente. É uma experiência no cinema, visceral, legal e de ação, porque é Fórmula 1... e eu queria filmar de uma forma que realmente respeitasse isso e capturasse isso. Mas também é um filme para pensar. Há muita emoção, há relações que o surpreendem, que são mais profundas do que você espera, de muitas formas. E eu achei que a combinação dessas duas coisas, em um filme, faria a experiência do filme diferente de qualquer coisa que estivesse no cinema.
Eu tenho que terminar, mas tenho mais uma pergunta: você ainda está interessado em dirigir "O Livro do Cemitério"? Eu pergunto porque sou muito fã de Neil Gaiman.
RH: Verdade? Bom, essa é uma adaptação muito difícil... de um ótimo livro, mas, sim, eu ainda estou trabalhando ativamente nisso, junto com outros três ou quatro projetos. Eu espero que eu faça todos eles.
Obrigado. Parabéns.
RH: Muito obrigado.
Rush - No Limite da Emoção estreia 13 de setembro nos cinemas.
