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Crítica

Crítica: A Mulher Invisível

Comédia Romântica nacional com Selton Mello e Luana Piovani vai (um pouco) além do final feliz

04.06.2009, às 17H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H48

Desilusões amorosas são o combustível da alma humana. Não fossem os pés-nas-bundas e as paixões não correspondidas, a música, a poesia, a pintura, o cinema não teriam a mesma beleza dolorida que têm. Se, por um lado, cada fora é encarado de uma forma diferente - tem quem coma caixas inteiras de chocolate e tem também os que ficam dias sem apetite - há sempre uma constante: a cola usada para grudar os cacos do coração partido é uma nova paixão. Autodestrutivo esse tal de ser humano.

EmA Mulher Invisível (2009), quando conhecemos Pedro (Selton Mello) ele está irradiantemente apaixonado, certo de que tem ao seu lado a mulher de sua vida (Maria Luiza Mendonça)... até descobrir que ela está grávida de gêmeos e o pai não é ele. A depressão que vem com a descoberta só começa a melhorar quando, certo dia, uma loira, linda e solitária mulher bate à sua porta pedindo uma xícara de açúcar. É a sua nova vizinha, Amanda (Luana Piovani), por quem ele se apaixona em questão de nanosegundos, principalmente depois de descobrir que ela faz faxina na sua casa só de calcinha e soutien, prepara o jantar e o serve na sua boca, adora fazer sexo, curte futebol até da terceira divisão e não liga quando ele sai com os amigos.

A Mulher Invisível

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Sim, Luana Piovani interpreta a mulher perfeita. Na verdade, quase perfeita, pois ela só existe na cabeça do Pedro. Para todas as outras pessoas ela é uma mulher invisível. Sabendo que se trata de uma comédia romântica, é de se imaginar que toda a trama já está resolvida desde o seu título: depois de sofrer com o fora que levou da ex, Pedro conhece a mulher ideal, se apaixona novamente e no fim descobre que ela não existe, mas volta a se apaixonar.

E é aí que o filme ganha pontos. Sem escapar do happy end, o diretor Cláudio Torres, que co-roteirizou o filme ao lado de Adriana Falcão, Cláudio Paiva e Maria Luísa Mendonça, consegue criar formas de fugir do lugar-comum. Digamos que em vez de ir pelo atalho, ele pega aquela estradinha cheia de curvas, mas com um visual mais bonito e, por que não, romântico.

As participações de Vladimir Brichta e Maria Manoella, respectivamente como o melhor amigo (Carlos) e a vizinha (Vitória) que é apaixonada por Pedro, vão além dos papéis coadjuvantes normais. Eles não são apenas os personagens que dão dicas (muitas vezes furadas) do que fazer. O desenvolvimento da história depende deles. E tem ainda a Fernanda Torres, que rouba a cena quando aparece dando dicas a Vitória, sua irmã.

Autodestrutivo, sim, o ser humano. Mas, acima de tudo, esperançoso e apaixonado. Sempre aguardando pelo príncipe encantado ou a donzela adormecida. É por isso que as comédias românticas vão tão bem nas bilheterias. Trata-se de um típico programa a dois, que segue ou antecede um jantar e algo mais. E melhor ainda quando a história consegue fugir um pouco da fórmula. Agora só falta você ir ao cinema e ser feliz para sempre. Pelo menos até o próximo pé-na-bunda.

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Nota do Crítico
Bom
A Mulher Invisível
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A Mulher Invisível
A Mulher Invisível

Ano: 2008

País: Brasil

Classificação: 14 anos

Duração: 0 min

Direção: Claudio Torres

Elenco: Selton Mello, Luana Piovani, Maria Manoella, Vladimir Brichta, Maria Luísa Mendonça, Fernanda Torres, Paulo Betti, Marcelo Adnet, Karina Bacchi, Lúcio Mauro

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