A maior chance do Brasil conquistar indicações (e quem sabe vitórias) no Oscar está em Ainda Estou Aqui. Celebrado em festivais como TIFF e Veneza, onde até saiu com prêmios na mão, o flme brasileiro de Walter Salles baseado na obra homônima de Marcelo Rubens Paiva vem sendo cotado para a edição 2025 da premiação há meses, e com razão.
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Para além de ser ótimo, o filme brasileiro traz algumas fortes narrativas típicas de prêmios, como a reunião de Salles e de Fernanda Montenegro depois de Central do Brasil, a forte história real com temas atuais e o reconhecimento internacional da atuação de Fernanda Torres.
As indicações ao Oscar 2025 serão reveladas no dia 17 de janeiro de 2025, já definido pelo Brasil como nosso representante no Oscar 2025, Ainda Estou Aqui busca algumas vagas. Listamos as principais abaixo.
Melhor Roteiro Adaptado: Murilo Hauser e Heitor Lorega
Chances de Indicação: Altas
Por que: Um dos principais festivais de cinema do mundo, especialmente quando se trata de uma prévia do Oscar, é o Festival de Veneza, onde Ainda Estou Aqui levantou o troféu de Melhor Roteiro. Dos últimos oito vencedores desse prêmio, quatro foram indicados em categorias de roteiro no Oscar.
Melhor Atriz: Fernanda Torres
Chances de Indicação: Boas
Por que: Os resultados não são públicos, mas o entendimento comum é que Torres ficou com o vice de Melhor Atriz no Festival de Veneza, onde Nicole Kidman venceu. De qualquer forma, a brasileira é o ponto focal da campanha do filme pela Sony Pictures Classics, e sua atuação vem sendo elogiada mundialmente. A competição é dura, mas Fernanda Torres está fime nela.
Melhor Filme Internacional
Chances de Indicação: Altíssimas
Por que: Já reconhecido com prêmios e ótima recepção do público e crítica, Ainda Estou Aqui está fazendo forte campanha nos EUA, e as principais previsões de Oscar (THR, Variety, GoldDerby) apontam o filme como favorito à indicação de Melhor Filme Internacional. Na verdade, eles vão além: o filme brasileiro disputará o prêmio, não só a indicação, contra rivais como Emília Pérez. A essa altura, seria um choque ver o filme brasileiro fora dos cinco indicados.
Melhor Direção: Walter Salles
Chances: Baixas
Por que: É verdade que, dentro da nova e mais internacional Academia, sempre há um ou dois cineastas que não nasceram nos EUA indicados a Melhor Direção. Salles é um nome conhecido e tem peso, mas precisa competir com pesos-pesados como Jacques Audiard, Pedro Almodóvar e Mohammad Rasoulof. Isso sem falar nos norte-americanos que parecem inevitáveis, como Sean Baker. Nunca diga nunca, mas são poucas vagas para muitos concorrentes.
Melhor Filme
Chances: Médias
Por que: A Academia está mais internacional, e esse ano podemos ver três, ou até mais, filmes internacionais indicados. O brasileiro Ainda Estou Aqui é um deles. Lá fora, o longa está sendo recebido com louvor, e nomes como Walter Salles, Selton Mello, Fernanda Torres e, claro, Fernanda Montenegro dão força à campanha da Sony Pictures Classics, um estúdio veterano em Oscar. Não há nada garantido, mas as chances são reais.