Petra Costa ao lado de produtora Alessandra Orofino

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Apocalipse nos Trópicos | Filme brasileiro é ovacionado no Festival de Veneza

Documentário, produzido por Petra Costa, investiga influência de líderes religiosos na política do Brasil

Omelete
2 min de leitura
29.08.2024, às 19H53.

Depois de ser indicada ao Oscar por Democracia em Vertigem, Petra Costa estreou seu novo documentário Apocalipse nos Trópicos sob longos aplausos no Festival de Veneza. Confira abaixo:

Apocalipse nos Trópicos

Sucessor do premiado filme de 2019, o novo longa é, para a cineasta, uma oportunidade de abrir os olhos do público para a falta de separação entre igreja e estado:

"Se em Democracia em Vertigem fui confrontada com o fato de que a democracia pode rapidamente desmoronar, em Apocalipse chego a uma conclusão ainda mais perturbadora. Cresci acreditando que o secularismo era uma tendência irreversível e que a separação entre igreja e estado era um dado. Este filme me mostrou o quanto eu estava enganada: uma parte crescente da população brasileira está se alinhando com igrejas evangélicas fundamentalistas que buscam dominar a política. Eles estão convencidos de que estão lutando uma guerra cósmica entre as forças do bem e do mal". 

Confira a sinopse oficial do documentário: Quando uma democracia termina e uma teocracia começa? Em Apocalipse nos Trópicos, Petra Costa investiga a crescente influência que os líderes religiosos exercem sobre a política no Brasil. Costa obtém um acesso extraordinário aos principais líderes políticos do país, incluindo o presidente Lula e o ex-presidente Bolsonaro, assim como ao mais famoso televangelista do Brasil: um pastor maior que a vida que parece controlar o segundo como um mestre de marionetes. À medida que o filme revela o papel crucial que o movimento evangélico desempenhou na recente turbulência política do Brasil, ele também expõe a teologia apocalíptica que impulsiona seus principais protagonistas. Assim como em seu filme indicado ao Oscar, Democracia em Vertigem, Costa documenta um tempo de profunda confusão e desespero com lucidez e um olhar poético. Entrelaçando passado e presente, ela nos imerge nas realidades contraditórias de uma jovem democracia que está por um fio e, ao fazer isso, reflete o resto do mundo.

Petra Costa assina o roteiro, ao lado de Nels BargentherDavid Barker e Alessandra Orofino; o documentário foi produzido por Alessandra Orofino.

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