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Kingsman 2 - O Círculo Dourado | Da Frigideira

Assistimos a todo o primeiro ato da continuação!

06.05.2017, às 02H14.
Atualizada em 06.05.2017, ÀS 03H17

"Não gosto de fazer montagens de cenas. Eu acredito no meu filme então vou passar todo o primeiro ato para vocês", anunciou o diretor Matthew Vaughn antes de exibir para jornalistas mais de 20 minutos de Kingsman 2 - O Círculo Dourado em um evento da 20th Century Fox em Londres. A prévia já dá alguns indícios do que esperar na continuação.

Vaughn também diz que quer evitar os problemas da maioria das continuações e, embora tenha um orçamento maior, isso não necessariamente significa que a continuação de Kingsman - Serviço Secreto será mais barulhenta e explosiva. A matriz continua sendo a mesma: o lado mais lúdico dos filmes de James Bond dos anos 1970, com seus vilões extravagantes, ação mirabolante e suas tecnologias de ficção científica.

O filme já começa com ação, para reapresentar o dia a dia de Eggsy (Taron Egerton), a partir da volta de um antagonista do primeiro longa. É a perseguição no táxi que aparece no trailer, e Vaughn mantém o estilo de câmera que havia se destacado em Kingsman, com os chicotes entre close-ups, mas desta vez no espaço mínimo da cabine do passageiro. Se os filmes de 007 são conhecidos pela sequência de abertura com ação, Kingsman 2 faz o mesmo, misturando a pancadaria com uma perseguição com drift à la Velozes e Furiosos.

Conciliar a vida de civil e a rotina de Kingsman, dilema típico de herói e que já seria mais do que esperado nesta continuação, é o problema de Eggsy, cuja vida afetiva faz outra referência engraçada ao filme anterior. No lado dramático, ele mostra sentir falta do falecido Harry (Colin Firth), e sua jornada aqui parece se assemelhar à do primeiro filme: adaptar-se à vida de espião mas ao seu próprio modo, sem aderir às burocracias do serviço secreto. Como o trailer já mostra que os Kingsmen são destruídos, não deve ser difícil para Eggsy permanecer o outsider.

A prévia a que assistimos termina justamente com a explosão do quartel general, como visto no trailer. A grande novidade são os primeiros detalhes do tal Círculo Dourado, uma sociedade do crime que tem potencial para ser uma SPECTRE de Kingsman. Inicialmente sua representante neste filme é a personagem de Julianne Moore, cujo lar de vilã é um show à parte: um quarteirão com lanchonete, salão de belezas e outros serviços com temática nostálgica dos EUA dos anos 1950, tudo isso incrustado no topo verdejante de uma ilha vertical. Parece um cruzamento da ilha de Scaramanga com o vulcão de Blofeld em 007, mas com o visível apelo cômico da cafonice americana.

Não convém contar aqui o que Julianne Moore faz para pontuar a crueldade de sua personagem, mas vale dizer que sua interpretação traz uma candura de dona de casa cozinheira (como se voltasse a Longe do Paraíso mas com apenas más intenções) para balancear o desconforto ao redor: tudo no seu lar, que ela chama de Poppyland, é automatizado, de cães robôs a empregadas futuristas, e esse lado "casa dos Jetsons" sem dúvida deve aparecer bastante em Kingsman 2.

Ainda há muito o que mostrar; a prévia não introduz os Statesmen (a organização de espionagem nos Estados Unidos, aliada dos Kingsmen), que devem contribuir ainda mais com a sátira ao estilo americano, nem explica a volta de Colin Firth, o que certamente mexerá com o arco de Eggsy. Por esse princípio - onde já fica claro o orçamento mais gordo, com computação gráfica envolvendo veículos, passagens secretas, ação em locações - Kingsman 2 parece ser exatamente o que Matthew Vaughn prometeu na entrevista: uma continuação que não tenta exatamente superar o original, mas oferecer variações.

A estreia de Kingsman: O Círculo Dourado está marcada para 22 de setembro.

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