Primeiro teaser de Barbie

Créditos da imagem: Warner/Reprodução

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O Caminho até Barbie: Todas as tentativas de fazer o longa-metragem

O caminho até a Barbielandia não foi nada fácil...

Omelete
8 min de leitura
28.07.2023, às 19H28.
Atualizada em 11.08.2023, ÀS 11H32

Barbie é um fenômeno sem igual. Basta pisar em qualquer shopping e notar a onda de vitrines e pessoas com roupas cor de rosa ou os grupos reunidos na fila das bilheterias. Na internet, a coisa ganha ainda mais peso com os pôsteres e memes nas redes sociais, "Barbenheimer" e todo o resto. A Warner Bros., então, deve estar na maior euforia. 

O mesmo não pode ser dito sobre uma grande outra parcela de Hollywood. Isso porque, até chegar às telonas em 2023, Barbie passou por uma aventura digna de um filme próprio. Criada por Ruth Handler e lançada no mercado em 1959, a boneca virou um ícone da cultura pop e sem dúvida alguma um dos brinquedos mais conhecidos do mundo.

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E acredite, tentar tirar a boneca da caixa e colocá-la nas telonas não foi nada fácil. O Omelete mostra aqui todas as tentativas de fazer um live-action da Barbie ao longo dos anos. 

2009: O primeiro strike

Logo da Universal Pictures
Reprodução

Levou literalmente 50 anos para um executivo da Mattel levantar da cadeira e aprovar a ideia de um filme da boneca. Mas que demora, hein? 

Segundo Richard Dickson, diretor de operações da companhia, a empresa ainda não se sentia confortável com a ideia de explorar a marca dessa forma. Mas com a virada da década, o começo da explosão das redes e internet em todos os lugares, tudo mudou. "Nos últimos 10 anos, a Barbie evoluiu de um brinquedo para uma propriedade intelectual", ele explicou à Variety. E para eles, milhões adquiridos em mercadorias, empreendimentos online e um império fashion não eram mais o suficiente. O próximo passo lógico seria um filme. 

Então uma verdadeira corrida pelos direitos da boneca começou. E no fim, foi a Universal Pictures que chegou em primeiro lugar, com o plano ambicioso de criar um universo com vários filmes em live-action – não apenas um. Para isso, eles decidiram escalar Laurence Mark, produtor por trás de Jerry Maguire, Melhor É Impossível, Dreamgirls - Em Busca de um Sonho, Glitter - O Brilho de uma Estrela e Romy e Michelle. Calibre não faltava. O que faltou, no entanto, parece ter sido iniciativa.

De 2009 a 2013, a Universal simplesmente sentou com os direitos da boneca e não moveu um dedo – pelo menos é o que indica a falta de registros ou anúncios da companhia para o projeto para além da contratação de Mark durante o período. Em 2013, a Mattel lançou a Mattel Films e imediatamente no ano seguinte a Universal perdeu os direitos de Barbie. 

2014: Com uma roteirista, será que agora vai?

Cena de Splat!, episódio de Sex and the City escrito por Jenny Bicks (Warner/Reprodução)
Cena de Splat!, episódio de Sex and the City escrito por Jenny Bicks (Warner/Reprodução)

Após o fiasco com a Universal, a Mattel Films fechou o que parecia ser um bom acordo com a Sony Pictures, especialmente porque a própria Amy Pascal, executiva por trás do sucesso de Homem-Aranha, Aranhaverso e afins, decidiu lidar com essa negociação. De repente, o filme estava verdadeiramente em andamento. Pascal anunciou que as filmagens iriam começar até o final de 2014 para que Barbie fosse lançado em 2017. 

Além disso, Jenny Bicks, conhecida por escrever um dos episódios mais infames de Sex and the City, em que uma socialite bêbada escorrega e morre na frente de uma festa inteira, foi contratada para roteirizar o filme. O que também animou a Mattel Films foi a adição de Laurie MacDonald e Walter Parkes, os produtores de MIB - Homens de Preto

Com um roteiro em andamento e uma baita dupla de produtores a bordo, o filme finalmente parecia que ia para frente. Mas não foi.

2015: A esperança em Diablo Cody

Diablo Cody vencendo o Oscar em 2008 (YouTube/Reprodução)
Diablo Cody vencendo o Oscar em 2008 (YouTube/Reprodução)

Aqui foi quando a situação de Barbie começou a ficar crítica.

Insatisfeita com o rascunho de Bicks, Amy Pascal recrutou Diablo Cody, vencedora do Oscar de Melhor Roteiro Original por Juno, para dar uma polida no material. "A originalidade de Diablo é precisamente o que a Barbie estava buscando. Escolhemos Cody porque suas ideias são brilhantes, mas, o que é ainda mais significativo, ela possui um verdadeiro amor pela Barbie", contou Pascal à época

Cody realmente parecia ter um bom fit com o projeto, basta dar uma olhada em sua filmografia: o subestimado – e agora hit cult – Garota Infernal, o ácido Jovem Adulta e a inventiva United States of Tara. No entanto, para a roteirista, simplesmente não deu liga. Em 2018, ela revelou ao ScreenCrush (via. /Film) que a responsabilidade era imensa e que não conseguiu dar conta. "Eu fui literalmente incapaz de escrever um roteiro para a Barbie. Deus sabe que eu tentei.

Este ano, com o enfim lançamento do filme, ela também deu mais detalhes sobre o que rolou por trás do tal fiasco. "A ideia de uma Barbie meio anti-Barbie fazia muito sentido dado o discurso feminista de dez anos atrás", disse ela à GQ. "Naquela época, eu não tinha realmente a liberdade de escrever algo que fosse fiel à iconografia [da boneca]; eles [os executivos] queriam uma abordagem feminista meio girlboss para a Barbie, mas eu não conseguia entender, porque não é isso que a Barbie representa".

Essas dificuldades logo chegaram à imprensa e no mesmo ano a Sony contratou outros três roteiristas: Bert Royal (A Mentira), Hilary Winston (Community e Happy Endings) e uma iniciante Lindsey Beer (que escreveria Sierra Burgess é uma Loser alguns anos mais tarde). O plano era bem mais simples: quem terminasse de escrever o melhor rascunho ficaria com o projeto. Quem se deu melhor nessa foi Beer. 

2016: Conheça a primeira Barbie

Amy Schumer em Descompensada (Universal Pictures/Divulgação)
Amy Schumer em Descompensada (Universal Pictures/Divulgação)

Apesar de todo alvoroço na imprensa ao longo dos anos, o rosto da Barbie nunca oficialmente chegou a ser anunciado. Pelo menos até 2016. 

Após um 2015 incrível, com o blockbuster Descompensada e uma vitória no Emmy, Amy Schumer foi escalada para dar vida à boneca. Além de protagonizar, ela também daria um trato no texto de Beer com a ajuda de sua irmã, a também roteirista Kim Caramele. Mesmo com produtora, roteiro e protagonista, nada parecia fazer o filme iniciar as gravações. Em março de 2017, Schumer deixou o projeto e culpou sua "atarefada agenda". Hoje, no entanto, sabemos que a história não foi bem essa.

Em entrevista ao Watch What Happens Live, em junho deste ano, ela revelou que simplesmente não gostou do roteiro. "Na época, dissemos que a saída se devia a problemas de agenda, mas, na verdade, era por diferenças criativas", contou Schumer. "Mas agora há uma nova equipe por trás do filme, e ele parece muito legal e feminista, então vou assistir". Quando o apresentador Andy Cohen perguntou se o roteiro original não era "legal e feminista", a comediante respondeu afirmativamente, mas sem dar mais detalhes. 

2017: Uma nova Barbie

Anne Hathaway em Serenity
Aviron Pictures/Reprodução

Sem Schumer, novamente, Barbie estava no zero a zero. Mas em junho de 2017, apareceu um lastro de esperança. Rumores começaram a circular que Anne Hathaway estava em negociações com a Sony para viver a boneca. A estrela também não estaria sozinha: ela traria Alethea Jones, de Uma Noite de Loucuras (comédia com Toni Collette e Molly Shannon), para sentar na cadeira de direção e Olivia Milch – que ajudou a mostrar um lado mais cômico de Hathaway em Oito Mulheres e um Segredo – para escrever o novo roteiro.

A essa altura do campeonato, já estava mais que claro que a Sony não conseguiria lançar o filme em 2017, como o prometido lá atrás. A produtora, então, anunciou mais uma nova data. Desta vez, a promessa era de que em 2020 o mundo finalmente ganharia o filme da boneca. 

Mas não adiantou. Nem com todos os esforços a companhia iniciou a pré-produção. Em 2018, os direitos do filme expiraram e a Mattel Films decidiu que não iria renovar com a Sony – que estava oficialmente fora do Barbieverso. Na mesma época, a Mattel correu para a Warner 

2019: Finalmente em casa

Pés da Barbie de Margot Robbie
Warner Bros/Reprodução

Esqueça tudo que você leu até aqui. Schumer, Hathaway, Sony, Universal. Isso porque nada importava mais para a Mattel Films, que estava pronta para reiniciar tudo na casa do Pernalonga. Eles até encontraram uma nova Barbie.

Em alta no mercado, Margot Robbie acabara de sair de uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz por Eu, Tonya – que ela também ajudou a produzir com seu selo, LuckyChap Entertainment, e foi colocada no projeto diretamente pelo novo CEO da Mattel, Ynon Kreiz. "Barbie é uma das franquias mais icônicas do mundo, e estamos empolgados em colaborar com a Warner Bros. Pictures e Margot Robbie para dar vida a ela nas telonas", disse ele

Robbie assumiu as rédeas de Barbie e estava confiante ao ponto de anunciar que o filme levaria US$ 1 bilhão para a companhia. Bastante impressionada com a versão de Adoráveis Mulheres de Greta Gerwig, a australiana decidiu trazer a realizadora para assumir a direção e o roteiro do projeto. Gerwig topou, mas com a condição de também trazer seu parceiro, Noah Baumbach (História de um Casamento), para dar um trato no texto.

"Para mim, isso parecia animador de alguma forma, algo que prometia bastante. Virei para o Noah e falei 'eu vou fazer isso'", a diretora disse à Vogue. A Warner estava contente com a nova direção criativa e deu o aval para o time iniciar a pré-produção – pela primeira vez em uma década, vale notar.

E o resto é história. Ou melhor, é uma história sendo feita

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