O diretor Bong Joon-ho, de Parasita, assinou junto a um grupo de artistas e organizações sul-coreanas uma carta pedindo por uma investigação mais detalhada sobre as circunstâncias da morte do ator Lee Sun-kyun. A informação é do Deadline.
Lee, que trabalhou com o cineasta justamente em Parasita, morreu aos 48 anos em meio a uma investigação policial em que era acusado de consumir drogas ilícitas. Ele também era o astro de séries como My Mister e Dr. Brain, além de filmes como Um Dia Difícil e Paju.
Reportagens da imprensa sul-coreana desde a morte do ator revelaram a possibilidade de Lee Sun-kyun ter sofrido chantagem por parte de funcionários de um clube noturno no qual teria consumido drogas. Diante das acusações da polícia, o ator manteve sua inocência e disse que foi enganado pelos donos do clube.
A carta assinada por Bong Joon-ho cita a "trágica morte de Lee Sun-kyun", e estabelece um "comprometimento para evitar eventos semelhantes no futuro". "Estamos pedindo por uma investigação oficial que descubra a verdade sobre o que aconteceu, solicitando que veículos de mídia deletem artigos especulativos, e incitando as autoridades para que revisem as leis que protegem os direitos humanos dos artistas", diz o texto.
O documento será apoiado por uma coletiva de imprensa que acontecerá em Seul na sexta-feira (12), na qual Bong Joon-ho deve comparecer ao lado de figuras como o cineasta Lee Won-tae (O Gângster, O Policial, O Diabo) e o produtor Choi Jeong-hwa, chefe do sindicato sul-coreano da categoria.
