Mesmo depois de cinco anos trabalhando com Thandiwe Newton em Westworld, a diretora e roteirista Lisa Joy não tinha certeza de que ela seria a escolha certa para o papel de Watts no seu Caminhos da Memória. O motivo? Thandiwe era “bonita demais” para interpretar a personagem, segundo Lisa.
“Eu amo Thandiwe, ela é brilhante, forte e linda. Estou acostumada a vê-la como Maeve em Westworld, uma androide que foi desenhada para ser linda, então o maior erro que eu cometi no começo de Caminhos da Memória foi achar que Thandiwe era bonita demais para o papel”, comentou a cineasta em entrevista ao Omelete.
- O que é Caminhos da Memória? Hugh Jackman estrela épico da criadora de Westworld
- Hugh Jackman seminu em trem e mais: Os perrengues no set de Caminhos da Memória
- Caminhos da Memória | Hugh Jackman fica preso ao passado em trailer
Lisa disse que se identifica muito com Watts, que no filme é a parceira de trabalho do protagonista Nick (Hugh Jackman) - os dois operam a máquina da reminiscência, que permite que os clientes mergulhem em memórias e as revivam como se fosse a primeira vez. A diretora sabia que sua parceira de Westworld tinha “o talento, a humanidade e a elegância” que ela queria na personagem.
“Ela é tão pequena e esbelta, mas ao mesmo tempo é uma das minhas heroínas de ação favoritas! Eu a colocaria para brigar com o The Rock tranquilamente, porque amo o jeito como ela se move, é tão fluído”, contou. “Mas o meu maior medo era que ela fosse muito bonita. Como alguém poderia trabalhar ao lado de Thandiwe por tantos anos [como Nick] e não se apaixonar loucamente por ela? Seria impossível!”.
A própria atriz foi quem convenceu Lisa do contrário: “Eu disse a ela, meio desesperada: ‘O que vou fazer? Quero que você seja a Watts, mas como alguém poderia ter só um relacionamento platônico com você?’. Ela olhou para mim e disse: ‘Eu sou uma atriz. Homens e mulheres podem ser só amigos. Vamos atuar. Hugh vai fingir que consegue resistir a mim’”.
No fim das contas, a diretora ficou muito satisfeita com o resultado, dizendo que os seus protagonistas conseguiram transmitir “uma relação de duas pessoas que têm uma longa história juntos, que conhecem um ao outro, e às falhas um do outro, muito bem”. “É como aquele melhor amigo que faz você pensar: ‘A gente poderia ter algo a mais, mas é melhor não, porque nos conhecemos bem o bastante para saber exatamente onde essa relação daria errado’”, definiu.
Caminhos da Memória está em cartaz nos cinemas brasileiros. Caso siga a regra geral para os filmes da Warner Bros., o longa deve chegar ao streaming HBO Max dentro de 35 dias - ou seja, por volta de 23 de setembro.