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Há uma lenda urbana que diz que um operário caiu de uma grande altura no mar. A queda deveria tê-lo matado, mas como seu cinto de ferramentas caiu primeiro, a tensão superficial da água foi quebrada, amortecendo o impacto.
Levando o mito ao mercado cinematográfico, Ato terrorista (The war within) é o operário desastrado e Paradise Now (2005) o cinto de ferramentas.
O filme conta a história do paquistanês Hassan (Ayad Akhtar, também co-roteirista), um estudante de engenharia em Paris que é preso sob suspeita de praticar atos terroristas. Depois de ser submetido a sessões de tortura, buscando uma confissão, Hassan é solto. Mas a dramática passagem deixou marcas psicológicas tão profundas quanto as cicatrizes que agora carrega no corpo. Assim, Hassan decide ir aos Estados Unidos, onde pretende auxiliar uma célula terrorista. Ele vive escondido na casa do amigo de infância Sayeed (Firdous Bamji), que não desconfia das intenções do velho conhecido.
O drama é forte, bastante equilibrado em suas crenças e bem dirigido e atuado. Mas o lançamento pós-Paradise Now, excelente longa que também explora um tema parecido, humanizando os terroristas, causa o efeito citado no primeiro parágrafo. Se não existisse a comparação, Ato terrorista causaria teria relevância muito maior.
Há, porém, alguns elementos únicos ao longa que o tornam digno de ser conferido, especialmente a relação entre Hassan e a família de Sayeed - o filho (Varun Sriram) e a bela irmã (Anjeli Chapman) -, muito bem construída e verossímil. As injustiças também são bem exploradas, mas o final inclui alguns clichês - problema do qual Paradise Now não padece -, e dispensa conflitos imprescindíveis ao protagonista, o que volta a reduzir a nova produção à marola do segundo impacto.
Ato Terrorista
The War Within
Ano: 2005
Lançamento: 12.01.2007
Gênero: Suspense
País: EUA
Classificação: 14 anos
Duração: 90 min
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