Brinquedo Assassino

Créditos da imagem: Brinquedo Assassino/Orion Pictures/Divulgação

Filmes

Crítica

Brinquedo Assassino

Remake falha no equilíbrio entre horror e comédia, mas tem mérito em se distanciar do original

22.08.2019, às 11H16.
Atualizada em 22.08.2019, ÀS 12H50

Depois de It: A Coisa, Cemitério Maldito e Halloween, não é surpreendente que Brinquedo Assassino, terror de 1988, ganhe o seu remake. Com algumas controvérsias na produção – já que este é o primeiro filme do Chucky que não traz envolvimento do criador do personagem, Don Mancini – a nova versão de Brinquedo Assassino tem seus problemas na modernização do boneco, e transparece uma indecisão de gênero e tensão, mas ao contrário de remakes recentes, acha seu valor em não se levar tão a sério.

As diferenças entre o original e o remake são diversas. Desta vez, Chucky é um boneco de inteligência artificial, algo na linha da Siri da Apple ou Alexa da Amazon, mas que perdeu os inibidores de censura e violência ao ser alterado por um funcionário da fábrica. Andy, o garoto que é presenteado com o brinquedo pela sua mãe, não tem mais 6 anos, e sim 14. Isto talvez seja resultado das mentes por trás do remake; enquanto o diretor Lars Klevberg e o roteirista Tyler Burton Smith estão no início de carreira, a experiência nos bastidores vem da dupla de produtores David Katzenberg e Seth Grahame-Smith, conhecidos pelos dois capítulos de It: A Coisa. Talvez por isso, agora Andy é auxiliado por um grupo de amigos, o que dá ao novo Brinquedo Assassino uma energia de filmes de pré-adolescentes, menos sóbrio que It, mas apostando em uma camaradagem jovem que remete à Super 8 ou até Shazam.

Talvez tenha sido exatamente a ausência de Mancini (que se recusou a participar do projeto alegando que a franquia segue viva e não precisa de uma nova versão) que fez de o Brinquedo Assassino um remake tão diferente. Ao contrário da onda atual, recheada de nostalgia, a nova versão é inescrupulosamente inédita. Não há saudosismo ao original e sim uma vontade de ser independente e descompromissado. Parte disso já está claro no elenco adulto, formado por Aubrey Plaza e Brian Tyree Henry, duas sensações de séries mais atuais, e o novato Gabriel Bateman no papel de Andy. Ainda, o boneco pela primeira vez não é dublado por Brad Dourif, e sim por Mark Hamill. Todos os nomes estão ótimos em seus papéis, apesar de Brinquedo Assassino não gastar tempo em aprofundar nenhum de seus personagens.

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Um dos maiores problemas do longa é uma indecisão do seu próprio gênero. Recheado de mortes realmente violentas – e fazendo jus a censura para maiores de 16 – a nova versão pode ser classificado como terror-comédia, e apesar de se esforçar para manter esta energia, ele falha em não encontrar profundidade real em ambos gêneros e acaba entregando um longa nem violento demais nem engraçado demais. Também, o filme cai na armadilha da moda de Black Mirror, achando que a tecnologia seria mais assustadora do que a reencarnação de um psicopata (como no longa de 88). Na realidade, tornar Chucky uma I.A. fez com que o boneco não apenas perdesse sua personalidade como também seu principal fator assombroso, confiando no talento de Hamill para entregar carisma ao boneco. O ator faz o possível e rende boas risadas, mas o filme não se salva do óbvio questionamento por trás do visual de Chucky, que é definitivamente distante do que seria um assistente virtual em 2019.

Enquanto a confusão de estilo e a superficialidade prejudicam a nova versão do Brinquedo Assassino, isso é equilibrado pelo fato de que o filme não tem aspirações de se igualar ao original. Um produto totalmente distinto, o novo longa difere do resultado de muitos remakes atuais, já que não se sustenta em nostalgia e parte em um caminho próprio, com mérito na falta de compromisso e resultando em um passatempo simplesmente divertido.

Nota do Crítico
Bom

Brinquedo Assassino

Child's Play

Ano: 2019

Direção: Lars Klevberg

Roteiro: Tyler Burton Smith

Elenco: Aubrey Plaza , Mark Hamill , Brian Tyree Henry

Onde assistir:
Oferecido por

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