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Crítica

Crítica: Nanny McPhee e as Lições Mágicas

A babá está de volta com novas lições para ensinar às crianças

16.09.2010, às 19H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 14H08

Da longa tradição inglesa de babás domadoras de crianças indomáveis que nos apresentou Mary Poppins e a Super Nanny, está de volta aos cinemas a Babá McPhee. Mais uma vez com roteiro e produção da protagonista Emma Thompson, Nanny McPhee e as Lições Mágicas (Nanny McPhee and the Big Bang, 2010) traz novamente às telonas a babá que chega quando as crianças não a querem, mas precisam dela; e parte quando as crianças a querem, mas não precisam mais dela.

Depois de uma aventura no final do século 19 em que cuidou de sete crianças que viviam com o pai viúvo, a babá feiosa que vai ficando menos feia a cada lição aprendida aparece agora na fazenda dos Green, no interior da Inglaterra. A mãe das crianças, Isabel Green (Maggie Gyllhenhaal), cuida do local e dos seus filhos sozinha depois que seu marido Rory Green (Ewan McGregor) foi para o front de batalhas da Segunda Guerra. Para atrapalhar ainda mais as suas tarefas do dia-a-dia chegam por lá os sobrinhos londrinos nascidos em berço de ouro.

Nanny McPhee e as Lições Mágicas

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A história segue a mesma fórmula do primeiro filme. Porém, com crianças diferentes, ela vai ensinar lições diferentes. Não estamos mais falando de irmãos encapetados, mas de primos que foram criados em situações completamente diferentes e estão passando por momentos difíceis em suas vidas. Enquanto os Green precisam trabalhar para manter a fazendo funcionando enquanto seu pai está na guerra, os mimados Gray chegam ao campo depois de serem praticamente abandonados pelos seus pais. Assim, seus desafios agora são mostrar que elas não precisam ficar brigando entre si, devem aprender a compartilhar, ajudar uns aos outros, ter coragem e fé.

O filme enaltece os poderes mágicos da babá, provando que ela é praticamente uma entidade, já tendo cuidado de muitas crianças arteiras pela Inglaterra, nem sempre usando métodos que seriam aprovados nos dias politicamente corretos em que vivemos hoje. No começo do filme, ela faz as crianças ficarem puxando seus próprios cabelos e baterem suas cabeças na parede até aprenderem a se comportar. Mas essa não é a regra e com o passar do tempo, ela precisa bater cada vez menos a sua bengala no chão.

Embora tenha efeitos especiais muito bons, principalmente com os animais digitais, alguns destes efeitos podem acabar causando certa estranheza nos adultos que estiverem acompanhando as crianças ao cinema. Tudo bem que os pequenos podem se maravilhar com porcos que pulam de uma árvore para a outra dando piruetas, mas precisava colocar os suínos para fazer nado sincronizado? E o que dizer do corvo que arrota? Por mais que funcionem, são piadas de nível muito baixo e que poderiam ser evitadas.

Não que isso chegue a atrapalhar a história. O novo Nanny McPhee sabe construir o arco dramático e provavelmente foi isso - além da estrela de Emma Thompson - que contou para atrair um elenco que tem Maggie Gyllhenaal, Ralph Fiennes, Maggie Smith e Ewan McGregor. Ou isso, ou todos eles foram criados pela babá McPhee quando eram menores e agora querem passar seus ensinamentos adiante. O que funciona.

Saiba onde Nanny McPhee e as Lições Mágicas está passando

Nota do Crítico
Bom
Nanny McPhee e as Lições Mágicas
Nanny McPhee and the Big Bang
Nanny McPhee e as Lições Mágicas
Nanny McPhee and the Big Bang

Ano: 2010

País: Inglaterra, França

Classificação: LIVRE

Duração: 109 min

Direção: Susanna White

Elenco: Emma Thompson, Ralph Fiennes, Maggie Gyllenhaal, Maggie Smith, Rhys Ifans, Asa Butterfield, Daniel Mays, Bill Bailey, Ewan McGregor, Eros Vlahos

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