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Responda rápido: qual o segredo do sucesso das comédias românticas? Umas risadas e um belo par romântico que comove a "todos" no fim da fita. Simples! Ninguém espera mais que isso. O final é sempre óbvio e as situações giram em torno do mesmo tema.
Alex & Emma (de Rob Reiner, o mesmo diretor de Harry e Sally e Conta Comigo) tem um elemento incomum, que poderia dar ao filme um charme especial. É a história dentro da história, duas comédias-românticas em que Kate Hudson interpreta cinco papéis e Luke Wilson dois.
O romancista Alex Sheldon (Luke Wilson, de Os Excêntricos Tenenbaums) está afundado em uma dívida de 100 mil dólares. Deve à inescrupulosa máfia cubana. Depois de sofrer ameaças e ter seu laptop queimado pelos bandidos, ele tem 30 dias para conseguir o dinheiro, caso contrário... morre. O único jeito de levantar a grana é entregando o manuscrito completo de seu novo livro ao editor.
Sem inspiração nem computador e com uma tremenda encrenca pela frente, Alex só vê uma saída: contratar uma taquígrafa para lhe ajudar a terminar sua história o mais rápido possível.
Emma Dinsmore (Kate Hudson), atraída por um anúncio, desconfiada e relutante acaba aceitando o desafio. Durante dias e noites que passam juntos Emma revela-se intrometida e contestadora, influenciando insdiscutivelmente a história e a vida do escritor.
Alex está contando a história de Adam Shipley (também interpretado por Wilson) um jovem escritor romântico contratado pela linda, elegante e arruinada francesa, Polina Delacroix (Sophie Marceau), para ser professor de seus filhos. Começa então a crescer uma paixão obsessiva de Adam por Polina enquanto ele ignora o potencial do verdadeiro amor com a governanta, que surge sucessivamente em diferentes faces; Ylva, a severa sueca; Elsa, a alemã lasciva; Eldora, uma bela espanhola e Anna, a sensata norte-americana. Todas vividas por Kate Hudson.
Alex não tem a menor idéia de como o livro acaba, e caminha com sua história paralelamente aos acontecimentos da vida real. Logo a ficção começa a imitar a vida, e a vida, a imitar a arte.
Nem uma história, nem outra conseguiu ganhar as graças do público americano, e dúvido que o faça por aqui. O filme é cansativo, sem graça e o casal da vez é tão morno que dá sono. Por fim, as múltiplas transições dispersam e confundem o expectador, deixando uma sensação de descompasso.
É ainda uma pena que a mesma Kate Hudson, que em Quase Famosos chega a emocionar, tenha se embrenhado pelo caminho das tolas comédias românticas.
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