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O que esperar de uma comédia romântica com o título De repente é amor (A lot like love, 2005)? Bem, não muito. Até porque já vimos esse filme centenas de vezes. Então qual a razão para que eles continuem a ser produzidos? Simples, o amor é ainda o sentimento mais desejado pela a humanidade. Quem não está apaixonado, está à procura de sua cara metade. Mesmo aqueles que não admitem ou planejam suas vidas nos mínimos detalhes, sabem que podem ser alvo da flecha do cupido.
No roteiro de Colin Patrick Lynch, acompanhamos todas as fases de um relacionamento que envolve duas pessoas já compromissadas pelo destino. O casal da vez é Emily e Oliver. Os dois se conhecem num aeroporto. Ele está indo visitar seu irmão em Nova York. Ela está saindo de um relacionamento com um músico de rock. Depois de alguns "olhares 43", Emily parte para cima de sua presa. Faz sexo com Oliver em pleno vôo. Um fetiche clichê, mas quem não gostaria de passar por essa experiência?
Chegando a Nova York, os dois acabam se encontrando mais uma vez e resolvem passar o dia juntos. Os deuses parecem estar conspirando a favor dos dois. Nesse momento a narrativa lembra o estilo do filme Antes do amanhecer (1995). No resto da projeção vemos vários encontros entre Emily e Oliver, planejados ou acidentais, que lentamente os faz perceber o que sentem um pelo outro.
Os escolhidos para representar os "pombinhos" são os lindinhos do momento: Ashton Kutcher e Amanda Peet. Kutcher surpreende no papel, mas seu jeitão de norte-americano boboca às vezes surge na telona, atrapalhando sua boa performance. Já Amanda rouba quase todas as cenas. Sua interpretação além de dar credibilidade aos encontros fortuitos do casal, traz frescor à fórmula batida do casal que passa quase duas horas de filme tentando se acertar.
Outro destaque é a trilha sonora marcada por hits radiofônicos que pontuam os sete anos que marcam as idas e vindas do casal. Tem Jet, The Cure, Third Eye Blind, Smash Mouth, Eagle-Eye Cherry e Travis. Tem ainda duas cenas em particular envolvendo Emily e Oliver, em que a música tem participação direta na ação. São canções conhecidas do público em geral: "If you leave me now", do Chicago, e "Ill be there for you", do Bon Jovi, sendo que esta é apresentada com direito a uma inusitada serenata.
Mas essas produções não capricham na trilha sonora, justamente para criar mais um elemento de identificação com o público? Sim e daí? Essa fórmula vem sendo usada desde as produções dos anos 40 envolvendo o galã do star system Cary Grant. O que as diferencia das demais é mostrá-las com criatividade e competência.
Alguns ainda poderão acusar o filme de ser uma cópia moderna do clássico do gênero Harry e Sally - Feitos um para o outro (1989). Realmente as semelhanças existem. Mas isso não tira a dignidade da produção dirigida por Nigel Cole. Independente de gostos, a proposta de Cole é clara e agradável. Talvez o sucesso "Deixa a vida me levar", do cantor Zeca Pagodinho, seja a melhor definição para a mensagem que o filme busca transmitir. Ao planejarmos a nossa vida, nos esquecemos dos pequenos percalços que surgem a cada esquina e que muitas vezes são os verdadeiros responsáveis pelas melhores mudanças.
De Repente é Amor
A Lot Like Love
Ano: 2005
Lançamento: 22.07.2005
Gênero: Romance
País: EUA
Classificação: 12 anos
Duração: 107 min
Direção: Nigel Cole
Elenco: Ashton Kutcher , Amanda Peet , Taryn Manning , Aimee Garcia , Tyrone Giordano , Molly Cheek , Gabriel Mann , Kathryn Hahn
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