Se Monty Python em busca do cálice sagrado (Monty Python and the Holy Grail, de Terry Gilliam e Terry Jones) não for a comédia mais engraçada de todos os tempos, certamente figura numa seleta lista de pérolas do gênero.
Produzido em 1975 pelos britânicos do Monty Python, o filme é a segunda incursão da gangue humorística egressa da TV nos cinemas, depois de And Now for Something Completely Different (1971). O grupo - formado por Graham Chapman, John Cleese, Terry Gilliam, Eric Idle, Terry Jones e Michael Palin - gravou o longa logo depois do fim da série na televisão.
Diferente do seu debute nas telonas, que trata-se apenas de uma coletânea de quadros da telessérie Monty Python flying circus, Em busca do cálice sagrado traz uma aventura inédita, que avacalhava com uma das maiores lendas britânicas: o Rei Arthur.
A história pouco importa: O regente bretão e os cavaleiros da Távola Redonda (Sir Galahad, Sir Bevedere, Sir Lancelot e Sir Robin) saem numa epopéica odisséia em busca do cálice sagrado, taça que teria recolhido o sangue de Cristo na cruz. O milagroso artefato estaria escondido no castelo de Arrrrrrrrgh! e no caminho espreitam perigos terríveis, como o imbatível Cavaleiro Negro, o "monstro" da caverna, os Cavaleiros Que Dizem Ni e, é claro, os franceses. Felizmente, os valentes soldados cristãos contam com a Santa Granada de Mão e outros truques em sua defesa.
O resultado é uma cultuadíssima comédia nonsense, repleta de passagens antológicas, daquelas que rendem horas de boas risadas entre amigos. Indispensável.
Depois de Em busca do cálice sagrado, o grupo ainda produziu A Vida de Brian (1979), Monty Python Ao Vivo No Hollywood Bowl (1981) e O Sentido da Vida (1983). O primeiro também foi relançado recentemente em DVD.