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Tudo que uma Garota Quer | Crítica

<i>Tudo que uma garota quer</i>

18.09.2003, às 00H00.
Atualizada em 18.11.2016, ÀS 22H05

Tudo que uma garota quer
- What a girl wants
USA, 2003 - 105 min.
Comédia Romântica

Direção: Dennie Gordon
Roteiro: Jenny Bicks e Elizabeth Chandler, baseado em peça teatral de William Douglas Home

Elenco: Kelly Preston, Amanda Bynes, Colin Firth, Eileen Atkins, Jonathan Pryce, Anna Chancellor, Oliver James, Christina Cole

O francês Charles Perrault, que em 1697 escreveu a primeira versão de Cinderela (Histories ou Contes du Temps Passé), dificilmente acreditaria que seu conto renderia tantos frutos no futuro, atravessando séculos e se adaptando a cada geração.

Dennie Gordon, diretora de diversas séries para a TV americana, baseou seu Tudo que uma garota quer na comédia The Reluctant Debutante (com Sandra Dee, de 1958), mas o filme não perdeu a essência da Cinderela. Continuam ali os personagens estereotipados divididos entre os bons e os maus, o príncipe encantado, a moral da história e o final absolutamente previsível - para não dizer... feliz.

Amanda Bynes (das séries de TV What I Like About You e The Amanda Show, do canal Nickelodeon) é Daphne Reynolds, uma garota de 17 anos, muito vibrante e independente, que vive tranquilamente em Nova York com sua mãe Libby (Kelly Preston). O único problema em sua vida é não conhecer seu pai, o homem com quem Libby viveu um grande amor interrompido pela aristocrática família britânica do moço.

Decidida a tornar seu sonho realidade e empurrada pela sua impulsividade, Daphne toma um avião para Londres, onde logo descobre que seu pai é o proeminente político Lord Henry Dashwood (Colin Firth, de O diário de Bridget Jones).

Entre novas regras e costumes britânicos, enfadonhos eventos sociais, intrigas e armadilhas, Daphne causa um tremendo alvoroço na vida social e política da aristocracia inglesa.

Com o apoio do pai e de Ian (Oliver James), seu par romântico, Daphne tenta controlar sua personalidade para se adequar à nova vida mas logo percebe que não está feliz com a pessoa que se tornou ao longo desse processo. Por mais que queira ser filha de seu pai, isso não vale a pena se não puder ser ela mesma.

Se a história não surpreende, só nos resta procurar as justificativas positivas do filme em detalhes, o que na maioria dos casos é o que acaba fazendo a diferença. O carisma de Amanda Bynes e o charme de Oliver James são pontos fortes, principalmente para os apreciadores de talentos jovens e rostos bonitos na tela. As majestosas e luxuosas locações em Londres, escolhidas cuidadosamente pela equipe de produção, também contam a favor.

Típica comédia-romântica adolescente, divertido e simpático, deve ser opção para os fãs do gênero. Mas não se preocupe caso perca a exibição nos cinemas, muitas outras Cinderelas ainda virão, disso eu não tenho dúvida.

Curiosidade: O lançamento de Tudo que uma garota quer nos Estados Unidos coincidiu com o início da Guerra no Iraque. A imagem do pôster original do filme (reproduzida ao lado) foi alvo de polêmica, por mostrar a garota americana na Inglaterra fazendo um "V" com os dedos. A peça publicitária foi entendida por algumas pessoas como uma apologia à guerra ("V" de vitória). Para outras, como o gesto hippie de paz e amor.

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