Priah Ferguson e Marlon Wayans em A Maldição de Bridge Hollow

Créditos da imagem: Netflix/Divulgação

Filmes

Crítica

A Maldição de Bridge Hollow transforma Halloween em aventura de Sessão da Tarde

Filme usa o fantástico para criar humor para todas as idades

Omelete
2 min de leitura
19.10.2022, às 16H41.

Quem conhece o vasto currículo dos irmãos Wayans costuma esperar paródias como As Branquelas, Todo Mundo em Pânico e O Pequenino. Além do humor sem limites, os filmes com Marlon Wayans sempre apelam para piadas mais adultas que acabam afastando o público infantil. Seu novo filme da Netflix, A Maldição de Bridge Hollow, no entanto, inverte essa lógica e usa a temática do Halloween para atrair todos os públicos com um gostinho de Sessão da Tarde.

No filme, Wayans interpreta Howard, um professor viciado em ciência que odeia o Dia das Bruxas. Quando sua filha Sydney (Priah Ferguson) decide que merece curtir o feriado na cidade mais segura dos Estados Unidos, ela acaba libertando um espírito maligno de uma velha lanterna de cabeça de abóbora. O pai então é obrigado a se unir à filha para salvar a mulher (Kelly Rowland) e toda a cidade de Bridge Hollow.

Livremente inspirada no conto de Jack, o Cabeça de Abóbora, a trama tenta fugir do clichê dos filmes infantojuvenis de Halloween ao mesmo tempo em que não se esforça para inovar. Sem prometer nenhuma reviravolta ou passo maior que a própria perna, A Maldição de Bridge Hollow não é engraçado nem assustador demais, e a história diverte com a consciência que tem dos seus próprios limites, marca do diretor Jeff Wadlow

O elenco, que entre outros nomes conta com o veterano John Michael Higginscompensa as limitações do filme com carisma e atuações convincentes. A escolha desses nomes, que passam por um ícone da música noventista, astros consagrados da comédia e um novo talento como Ferguson, parece um esforço em fazer da história o mais universal possível. Um elenco de distrações, enfim, na esperança de pelo menos reter a atenção de quem zapeia pelo streaming, sem distinção.

Do lado de Wayans, A Maldição de Bridge Hollow reforça o talento do ator para ir além das comédias escrachadas. Com um personagem mais paternal e maduro, ele prova que ainda tem o que oferecer para o cinema americano. O mesmo vale também para Priah Ferguson, que parece ter um futuro bem encaminhado após o fim de Stranger Things.

Sem gerar grandes expectativas, o longa-metragem foge do risco de decepcionar. O texto fácil e divertido de A Maldição de Bridge Hollow faz da comédia um entretenimento inofensivo e despretensioso, pensado para cativar sem complicações.

Nota do Crítico
Bom
A Maldição de Bridge Hollow
The Curse of Bridge Hollow
A Maldição de Bridge Hollow
The Curse of Bridge Hollow

Ano: 2022

País: EUA

Duração: 91 min

Direção: Jeff Wadlow

Elenco: Marlon Wayans, John Michael Higgins, Kelly Rowland, Priah Ferguson

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