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Crítica

O Garoto da Casa ao Lado | Crítica

Você já ouviu essa história antes

25.03.2015, às 19H57.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H35

Um filme de suspense em que uma mulher tenta se reestabelecer depois de passar por um momento de mudança. Um dia, um homem misterioso entra na sua vida; os dois se envolvem e aos pouco o moço charmoso se revela um tanto obscuro, transformando a vida da mulher em um pesadelo.

Você já viu essa história. Talvez, várias vezes, de A Hora do Espanto a A Última Casa da Rua, no cinema ou na programação de sábado à noite da televisão, e O Garoto da Casa ao Lado (The Boy Next Door, 2015) é mais um deles. Não é nem a primeira vez que Jennifer Lopez estrela um longa de abuso (em Nunca Mais pelo menos ela revida com estilo).

A mulher em questão é Claire (Lopez), professora de literatura e mãe de um adolescente. O momento de mudança consiste em superar a traição do marido e conseguir se dar bem com o filho. Vizinho charmoso é Noah Sandborn (Ryan Guzman) que, aos 20 anos, se muda para a casa do tio idoso depois da morte de seus pais. A princípio Claire se deixa envolver por Noah. Quando ela percebe o erro, já é tarde.

Entre chantagens e perseguições, os piores momentos do longa ficam a cargo das referências literárias forçadas e inconsistentes. Quando Noah presenteia Claire com um livro em capa de couro e fontes douradas, que ele diz ser a primeira edição da Ilíada, a professora fica bastante impressionada e lisonjeada. Eu tenho certeza que qualquer um ficaria, afinal o poema épico foi escrito pela primeira vez no século VI antes de Cristo...

O filme não inova, não foge dos clichês e nem sequer surpreende. Rende alguns sustos, mas peca por intercalar as cenas aflitivas com imagens que beiram o ridículo por serem excessivamente gráficas. O charme de Lopez e de Guzman ajudam a prender a atenção na primeira parte do filme e a manter o espectador na cadeira à espera do desfecho, ainda que não exista milagre capaz de salvar o longa de um final previsível.

Mas comparando com  o último sucesso do cinema em que um rapaz charmoso e galanteador fica obcecado por uma mulher que se dedica a estudar literatura, Guzman dá uma aula de sensualidade ao superestimado Christian Grey. E Jennifer Lopez (que vive no limbo da cantora mediana que se esforça para ser uma atriz mediana) consegue montar uma personagem coerente.

A história consegue justificar de maneira aceitável, ainda que ordinária, as problemáticas e as resoluções da trama. O diretor Rob Cohen (Velozes e Furiosos, Triplo X) parece não ter intenção de fazer um filme complexo; o mistério é mais óbvio que a maioria dos episódios de Scooby-Doo e o diretor nem se preocupa em criar detalhes elaborados que se conectem no final.

Com umas duas cenas sensuais e meia dúzia de sustos, para justificar sua existência, O Garoto da Casa ao Lado não é um filme enfadonho. É quase como assistir a um desenho animado velho durante o café da manhã. Você já sabe exatamente o que vai acontecer e mesmo assim assiste até o final para rir (nesse caso, tomar sustos) com as patacoadas das personagens manjadas. O único porém, é que ao contrário dos desenhos de infância, O Garoto da Casa ao Lado não deve durar mais que uma semana na memória das pessoas.

Nota do Crítico
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