Sing - Quem Canta Seus Males Espanta | Crítica

O sucesso traz junto com ele uma série de armadilhas. E em 2016, o estúdio Illumination provou em dose dupla que não vai ficar refém da fofura amarela dos Minions. Primeiro com o bom Pets - A Vida Secreta dos Bichos (2016) e agora com Sing - Quem Canta Seus Males Espanta (Sing - 2016). 

A animação entra no cada vez mais popular ambiente dos reality shows. Sendo mais específico, mostra a história de uma cidade povoada por animais dos mais diversos tipos e backgrounds, mas que têm um sonho em comum: viver da música. 

Estão ali reunidos a porca-espinho roqueira que levou um pé na bunda do namorado metido a rock star, o ratinho old-school que vive de tocar os clássicos do jazz na rua e a aliá de enorme talento, mas que tem medo do palco.

A escalação de personagens, porém, passa também por estereótipos, como a da porquinha dona de casa que cuida praticamente sozinha de seus 30 leitõezinhos e o gorila adolescente que é levado por seu pai para participar de perigosos assaltos.

Quem vai unir essa trupe toda é o coala dono de um antigo teatro que sonha fazê-lo voltar a ser um grande palco de espetáculos que já foi um dia. 

Os clichês vão aparecendo aqui e ali, mas não atrapalham a diversão da criançada, que certamente vai ficar pulando na cadeira do cinema a cada canção pop cantarolada. A cena dos testes, em especial, traz um desfile do que tocou nas rádios nos últimos anos, misturando ritmos e estilos musicais - o que pode agradar os mais velhos. 

Mas se você não é fã de musicais, não precisa se preocupar muito. Há um bom equilíbrio de canções no meio da trama e a trilha sonora é bastante eclética, indo de Frank Sinatra a Eminem passando por Aerosmith e Katy Perry. E no final, o que importa mais são as sub tramas pessoais, a forma como cada um vai conseguir superar seus problemas para conseguir realizar seus sonhos. 

Apesar de mostrar animais tentando conviver pacificamente entre si, com este sonho em comum que é a música, Sing - Quem Canta Seus Males Espanta está longe de ser Zootopia - Esta Cidade é o Bicho (2015), mas certamente vale o ingresso, principalmente nesta dura época de férias escolares das crianças.