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Sobrenatural: A Origem | Crítica

Mesmo sem James Wan na direção, filme mantém o terror vintage de baixo custo

29.07.2015, às 18H12.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H37

Em quase uma década no terror, James Wan e Leigh Whannell comprovaram sua eficiência em dar sustos e criar fenômenos de custo-benefício. No subgênero de assombrações, a série Sobrenatural teve êxito similar ao de outra criação da dupla, Jogos Mortais, com dois filmes que custaram pouco (US$ 1,5 e 5 milhões) e arrecadaram muito (US$ 53 e US$ 83 milhões).

O dinheiro em caixa não passou despercebido pelos estúdios e, depois de Velozes e Furiosos 7, Wan se tornou um dos diretores mais requisitados de Hollywood, deixando para Whannell a tarefa de comandar Sobrenatural: A Origem, o terceiro capítulo da franquia.

Em sua estreia como diretor, Whannell mantém o tom do colega e não mexe muito na estética de terror vintage que fez a fama de Sobrenatural. Assim como Wan, o australiano mostra bom domínio dos sustos e da tensão por meio de enquadramentos precisos, cortes certeiros e um bom uso dos efeitos sonoros.

As maiores mudanças ficam por conta dos personagens e do roteiro, com todas as características clássicas de um prelúdio: a trama principal é conduzida pelos Brenners, uma nova família assombrada vivida por Dermot Mulroney e Stefanie Scott, e a médium Elise (Lin Shaye) é o elo que liga o longa aos seus antecessores, com um arco de origem que envolve até os personagens cômicos vividos por Angus Simpson e pelo próprio Whannell.

O que melhora substancialmente em relação aos primeiros filmes diz respeito aos efeitos práticos e digitais. Com apenas um pouco mais de dinheiro na mão (US$ 10 milhões), o longa faz maravilhas nos cenários e, principalmente, na maquiagem - o demônio de máscara que assombra a adolescente Quinn (Scott) é muito mais assustador do que a velhinha de véu dos longas anteriores.

Sobrenatural: A Origem é o primeiro filme da série sem o envolvimento direto de Wan, mas seu estilo pode ser sentido por todos os cantos do apartamento mal-assombrado dos Brenners. As lições deixadas pelo cineasta malaio já não parecem mais tão inovadoras quanto em 2010, mas ainda funcionam no que mais interessa: dar sustos e criar tensão.

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Nota do Crítico
Bom
Sobrenatural: A Origem
Insidious: Chapter 3
Sobrenatural: A Origem
Insidious: Chapter 3

Ano: 2015

País: EUA

Classificação: LIVRE

Direção: Leigh Whannell, Leigh Whannell

Roteiro: Leigh Whannell, Leigh Whannell

Elenco: Dermot Mulroney, Stefanie Scott, Angus Sampson, Leigh Whannell, Lin Shaye, Steve Coulter, Tate Berney, Michael Reid MacKay, Steve Coulter, Hayley Kiyoko, Corbett Tuck, Tom Fitzpatrick, Tom Gallop, Jeris Poindexter, Ele Keats, James Wan, Joseph Bishara

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