Sorria 2 eleva horror psicológico e corporal da franquia com show de Naomi Scott

Créditos da imagem: Paramount/Divulgação

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Crítica

Sorria 2 eleva horror psicológico e corporal da franquia com show de Naomi Scott

A sequência faz jus ao filme original com a escolha certa de narrativa

Omelete
3 min de leitura
25.10.2024, às 18H33.

Quando chegou aos cinemas em 2022, Sorria, filme do estreante Parker Finn, surpreendeu a crítica e o público com um terror envolvente, sorrisos genuinamente aterrorizantes e um final que abria as portas para o começo de uma franquia. Não é surpresa, então, que a sequência logo tenha sido encomendada. Felizmente, Sorria 2 faz jus ao filme original.

Em um dos seus maiores trunfos, Finn soube escolher exatamente quem seria a próxima vítima. No filme, a morte de Joel (Kyle Gallner), policial que havia presenciado o suicídio de Rose (Sosie Bacon) no filme anterior, é vista justamente pelo traficante (Lukas Gage), que fornece remédios para a super estrela do pop Skye Riley (Naomi Scott).

O ponto principal do enredo desta vez é que, em vez de uma médica séria, temos agora uma protagonista com um passado complicado e traumático e que já perdeu parte de sua credibilidade ao redor de pessoas conhecidas. Assim, quando ela vê o traficante se matar na sua frente e passa, então, a ter o espírito maligno do "sorriso" dentro de si, ela não tem a confiança nem das pessoas ao seu redor, nem a dela mesma sobre o que é real ou não.

A partir daí, o público é levado nessa constante dúvida sobre o que está realmente acontecendo, algo que só escala ao longo do filme, culminando em uma sequência final que é uma verdadeira montanha-russa.

Junto a uma escolha acertada de enredo que se mistura ao terror psicológico, Finn também apostou mais intensamente em outro aspecto para sua sequência: o horror corporal. Desta vez, mais do que sustos, a gente sofre de aflição com o modo com que Riley arranca seus fios de cabelo e até como bebe água, com cada gole marcado em sua garganta.

Isso é um mérito tanto de Finn quanto de Naomi Scott, que carrega o filme nas costas como protagonista. Até nos olhares mais sutis, a atriz consegue ser responsável por grande parte dos sentimentos que o longa causa no espectador.

Dentro desse contexto, Sorria 2 talvez falhe com seus coadjuvantes. O assistente da cantora, Joshua (Miles Gutierrez-Riley), é completamente esquecível e sua melhor amiga, Gemma (Dylan Gelula), serve apenas para trazer alguns leves alívios à trama. Sua mãe (Rosemarie DeWitt), no máximo, causa indignação - apesar de ser parte essencial da melhor cena do filme. Outro personagem, Morris (Peter Jacobson), é inserido apenas como uma escolha fácil do roteiro para explicar a Skye o que está acontecendo com ela.

Mais do que os personagens, então, Finn sabe usar o ambiente a seu favor. A quantidade de espelhos dentro dos camarins, estúdios de ensaio e do apartamento de Skye é aproveitada de forma criativa para os sustos, e a vida de uma cantora famosa é abordada de forma a causar incômodo até no maior dos fãs. A trilha sonora de Cristobal Tapia de Veer só aumenta o potencial do horror e, mais do que isso, intensifica cenas que poderiam cair no cômico com a música errada.

O jogo do que é real ou não leva o espectador até o final do filme. No entanto, o encerramento pode ser frustrante para quem queria algo diferente do original. A única mudança é que agora os acontecimentos têm uma proporção maior e uma vontade mais clara de fazer a franquia continuar.

Nota do Crítico
Bom
Sorria 2
Smile 2
Sorria 2
Smile 2

Ano: 2024

País: Estados Unidos

Onde assistir:
Oferecido por

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