Thanks for Sharing reúne quase tudo para a fórmula de sucesso entre filmes independentes: um cenário interessante, elenco de primeira (desprovido de preconceitos e disposto a se desafiar) e um realizador ávido por provar-se capaz de dar o salto dos roteiros para a direção.
O filme acompanha três integrantes de um grupo de apoio a viciados em sexo. Tim Robbins interpreta o mais velho, o mentor dos demais, sujeito que encontrou na meditação e na vida zen a força necessária para enfrentar - "um dia por vez" - o seu problema. Mark Ruffalo é seu pupilo, executivo sóbrio há cinco anos, temeroso de novos relacionamentos - e do lugar para onde eles podem levá-lo de volta -, que conhece a personagem de Gwyneth Paltrow. Patrick Fugit, por último, é um desleixado médico que está no grupo devido a uma ordem judicial, por tocar pessoas sem seu consentimento, e não acredita que tem um problema.
Thanks for Sharing
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O filme, que não tem qualquer atrativo visual ou técnico, alterna momentos de comédia com drama, mas não demora muito a deixar claro que não tem competência suficiente para equilibrar os dois lados. O assunto é sério demais para ser tratado levianamente - e o diretor Stuart Blumberg (corroteirista de Minhas Mães e Meu Pai) não tem a finesse requerida - ou a experiência - para extrair humor do tema sem parecer gratuito.
Os atores se esforçam (até a cantora Pink faz um bom trabalho), mas, ao final, Thanks for Sharing parece um grande folheto de alerta aos problemas da compulsão sexual. É quase como a Rede Globo faz eventualmente em seus núcleos de novela, colocando personagens com problemas e mostrando os passos da recuperação e como sofre a família, com direito a depoimentos e toda a cartilha do vícío. Didático e brega.
Ano: 2012
País: EUA
Classificação: LIVRE
Duração: 112 min