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Video Girl Ai - O Filme | Crítica

Video Girl Ai - o filme

06.06.2002, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H12


Capa do vídeo do filme

Ai Amano: a garota dos sonhos

Youta e Ai: um casal diferente

Um dos mais divertidos mangás publicados atualmente no Brasil é Video Girl Ai, lançado ano passado pela editora JBC. Escrita e desenhada por Masakazu Katsura no início dos anos 90 na revista Shonen Jump, a série é um romance juvenil pontuado com humor, drama e sensualidade. O sucesso do mangá em seu país de origem rendeu uma mini-série em animação para vídeo em 1992 e – o que pouca gente sabe – uma adaptação live-action para cinema em 1991. Nesta versão, a trama foi condensada, concentrando-se apenas nas personagens principais.

ALGUÉM MUITO ESPECIAL

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O filme conta a história de Youta Moteuchi, um garoto solitário e frustrado porque o objeto de sua paixão, a doce Moemi, morre de amores por Takashi, seu melhor amigo. Sonhador, Youta é um desenhista amador e vive no mundo da Lua. Humilhado pelos colegas da escola, tem o infeliz apelido de "motenai", um trocadilho maldoso com seu sobrenome que quer dizer "impopular com as mulheres" ou simplesmente "encalhado".

Certo dia, nosso herói depara-se com uma estranha locadora que surge do nada e da qual leva uma fita com uma garota na capa chamada Ai Amano (nota: "ai" significa "amor" em japonês). Julgando se tratar de um filme erótico, Youta decide esquecer um pouco sua crise sentimental e põe o VHS pra rodar. Depois de assistir a uma cena em que a jovem se apresenta, o rapaz leva o maior susto da sua vida: ela literalmente salta da tela para o mundo real e diz que veio tomar conta dele.

Então, Ai-chan, como é carinhosamente chamada, dá novo sentido à vida sem graça de Youta, alegrando seus dias, arrumando a casa e tentando cozinhar, apesar de não ter muito jeito para a coisa. A partir daí, iniciam-se as confusões, pois Youta, a despeito de ainda amar Moemi, começa a reconhecer a sincera dedicação e doçura de Ai. Entretanto, o tempo de vida da jovem virtual em nossa dimensão é limitado. Esta urgência confere um tom dramático à narrativa, pois ela realmente ama Youta e quer vê-lo feliz. A trama básica guarda algumas diferenças com o mangá, principalmente o final melancólico.

Video Girl Ai tinha tudo pra ser um bom filme. Afinal, baseou-se num dos mangás mais populares e simpáticos da década passada. No entanto, muita coisa deu errado e o longa teve pouca repercussão no Japão.

BASTIDORES

O fracasso não é de se admirar. O filme, realizado pela poderosa Toho Company, é sofrível.

Com roteiro capenga escrito pelo próprio Masakazu Katsura em parceria com Masahiro Yoshimoto e direção medíocre de Ryu Kaneda, a película não empolga em momento algum. A história segue a linha básica do mangá, mas condensar treze volumes em 90 minutos deu cabo de todas as personagens coadjuvantes e fez tudo acontecer rápido demais.

Para agravar ainda mais a situação, os atores têm poucos recursos dramáticos e são inexpressivos, à exceção da protagonista, uma gracinha de encher os olhos chamada Kaori Sakagami. Na época com 17 anos, ela quase tinha a idade de sua personagem.

A pequenina Kaori, com 1,56m, também cantou uma música para o animê Ranma 1/2 em 1989 e foi escalada, em 2001, para o papel da oficial Shinobu na série Ultraman Cosmos, atualmente em exibição no Japão.

Moemi, interpretada por Hiromi Hamaguchi é tão apagada e sem-graça que mal se percebe sua presença. Takashi, na pele do ator Naoki Hosaka, ficou muito moleque, diferente da caracterização mais madura do mangá. O protagonista Youta vivido por Ken Osawa, mais parecia um débil mental do que um garoto tímido e sem jeito com garotas.

Outro ponto negativo é que a sensualidade presente no mangá foi posta de lado, conferindo um tom mais pueril ao romance. Em meio ao desastre, Masakazu Katsura faz uma pequena ponta, neste filme, da qual deve se envergonhar até hoje. Felizmente, Ai-chan aparece bastante, e sua presença nos leva a pensar em como o filme teria sido legal se o resto funcionasse.

Nota do Crítico
Bom

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