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Duna | Entenda os termos criados por Frank Herbert para a obra

Autor idealizou diferentes dialetos para auxiliar na construção do mundo do livro

09.09.2020, às 14H19.
Atualizada em 21.10.2021, ÀS 15H17

Lançado em 1965, o livro Duna é considerado um dos principais pilares da ficção científica moderna. De Star Wars a Alien: O Oitavo Passageiro, a obra de Frank Herbert influenciou algumas das principais mentes criativas do gênero, com um impacto comparável ao de J.R.R. Tolkien no mundo da fantasia. Assim como o autor de O Senhor dos Anéis, Herbert criou um universo único de personagens e histórias, muito apoiado em um dialeto próprio criado para o livro.

Com a chegada de mais uma adaptação de Duna aos cinemas, é possível que fãs da sétima arte se deparem pela primeira vez com a língua idealizada pelo escritor. Abaixo, você confere algumas das principais palavras usadas na obra e seus significados, de acordo com o dicionário feito pelo próprio Herbert e publicado junto ao livro original:

Arrakis

O planeta conhecido como Duna; terceiro planeta de Canopus”: base de praticamente toda a trama principal de Duna, Arrakis é um planeta desértico de enorme interesse econômico para o Imperium, governo galáctico da história. Único produtor da especiaria mélange no universo, Arrakis é lar dos fremen, tribo nativa do planeta, e, eventualmente, dos Atreides, uma das casas nobres mais importantes da história.

Mélange

A ‘especiaria das especiarias’, que tem em Arrakis seu único planeta produtor”: mais do que uma simples especiaria, a mélange é base para diversas atividades econômicas no Imperium. Além de servir como tempero e alucinógeno, a especiaria é usada como base para o combustível das naves usadas no universo de Duna. Semelhante ao que acontece com o petróleo no mundo real, governantes de Arrakis possuem grande influência política por causa da importância da mélange para o funcionamento do Imperium.

Criador

O verme da areia de Arrakis. (...) Atribui-se a existência da maior parte da areia de Arrakis à ação dos vermes”: gigantescas minhocas que vagam por Duna, os vermes da areia (chamados de Shai-Hulud pelos fremen) são responsáveis pela criação da especiaria. Mais especificamente, o rastro de excrementos deixado pelos criadores e “criadorzinhos” (híbrido vegetal e animal dos vermes) traz a massa que, após um processo de refinamento, se torna a especiaria.

Mentat

A classe de cidadãos imperiais treinados para realizar feitos supremos de lógica. ‘Computadores humanos’”: diferente do que é visto em outros clássicos como Flash Gordon, Jornada nas Estrelas e O Guia do Mochileiro das Galáxias, o futuro de Duna é extremamente tecnófobo. Na visão de Herbert, os humanos deixam de confiar em computadores como os conhecemos hoje após uma grande sequência de erros, delegando suas funções de cálculos e análises a pessoas que servem diferentes clãs imperiais. Em Duna, os principais mentat mostrados são Thufir Hawat, que serve os Atreides, e Piter De Vries, empregado pela Casa Harkonenn.

Bene Gesserit

“Antiga escola de treinamento físico e mental para alunas do sexo feminino, fundada depois que o Jihad Butleriano destruiu as chamadas ‘máquinas pensantes’ e robôs”: mais uma consequência do cenário tecnófobo de Duna, as Bene Gesserit são uma ordem mística formada apenas por mulheres. Além de um intelecto excepcional que permite, entre outras coisas, uma previsão de um futuro próximo, seguidoras da ordem também possuem A Voz, poder que as permite controlar, por um curto período, homens que as ouçam. Mãe do protagonista Paul Atreides, Lady Jessica é a Bene Gesserit de maior destaque na história.

Fremen

As tribos livres de Arrakis, habitantes do deserto, remanescentes dos Peregrinos Zen-sunitas (‘piratas da areia’)”: povo nativo de Arrakis, os Fremen prestam serviço ao governante do planeta. Por viverem em um ambiente extremamente seco, seus corpos se adaptaram à falta de água, elemento sagrado em sua cultura. Uma das características básicas do povo fremen é a cor azul claro de seus olhos, consequência do consumo constante de especiaria.

Muad’dib

O rato-canguru adaptado a Arrakis, uma criatura associada, na mitologia fremen do espírito da terra, a um desenho visto na face da segunda lua do planeta. Essa criatura é admirada pelos fremen por sua habilidade de sobreviver no deserto aberto”: por sua posição mística dentro da cultura fremen, os muad’dibs são vistos como guias para o povo nativo, que batiza o profeta de suas crenças com o nome do animal. Ao ser resgatado pelo povo fremen após um golpe, Paul adota o nome Muad’dib, solidificando seu status divino na tribo.

Gom Jabbar

O inimigo despótico; a agulha inoculadora específica, envenenada com metaciarnureto e usada pelas Bene Gesserit no teste que coloca à prova a percepção humana e tem, como alternativa, a morte”: usado no um rito de passagem das Bene Gesserit, o Gom Jabbar é um poderoso veneno usado no teste a qual todas as aprendizes da ordem são submetidas antes do início de seu treinamento. Uma simples gota pode matar instantaneamente um ser humano adulto.

Treinado por Jessica nas doutrinas das Bene Gesserit, Paul é um dos primeiros homens em séculos a ser testado pela ordem.

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