O desafio do diretor Rob Marshall ao levar aos cinemas O Retorno de Mary Poppins não foi apenas o óbvio risco de não produzir algo à altura do clássico dos anos 1960. Ao assumir o comando da sequência, ele precisava provar que a fantasia e a imaginação da babá criada por P.L. Travers ainda eram capazes de contagiar as crianças do século XXI.
Para o cineasta, Mary Poppins é atemporal, mas, ainda assim, ele a vê trazendo uma mensagem especialmente importante para os meninos e as meninas de hoje. “É um tempo tão frágil e, em alguns sentido, um período sombrio e sinto que ela realmente pode trazer luz e esperança para o mundo”.
Como muitas crianças atualmente, os pequenos Banks já são muito crescidos para a sua idade. Devido à morte da mãe, o trio teve que assumir responsabilidades em casa e, aos poucos, foram perdendo o interesse pelo faz de conta e pelo que Marshall chama de “maravilhamento infantil”. “Eles são céticos e cínicos e Mary Poppins acha um caminho para que eles redescubram essa alegria. As crianças crescem muito rápido hoje em dia. Então, acho que é perfeito para essa geração”.
De fato, nos cinemas, a Mary Poppins de Emily Blunt ainda encanta com toda sua magia, e não somente o público infantil. Assim como os já adultos Michael e Jane Banks, os espectadores mais velhos também se reconectam com a sua essência criança através do novo musical. Porém, não somente pelas músicas ou a incrível sequência animada. A babá retorna às telas com novas lições a ensinar sobre luto, julgar pela aparência e ver as situações complicadas sob uma nova perspectiva.
“Sinto que ela reacende a chama desse maravilhamento infantil que, para mim, é uma escolha de como você quer viver a sua vida”, analisa o diretor. “Mary Poppins torna uma ocorrência cotidiana, como limpar o seu quarto ou tomar banho, uma aventura. Que jeito incrível de abordar a vida! Sinto que precisamos disso mais do que nunca”.
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O Retorno de Mary Poppins está em cartaz nos cinemas.