Os filmes que marcaram 2020

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Os filmes que marcaram 2020

Estamos em 2020, mas um dos filmes mais comentados do ano foi lançado em 2011

28.12.2020, às 16H05.

Quando o fim do ano se aproxima sempre nos preparamos para a tradicional retrospectiva, em que paramos para relembrar os grandes lançamentos dos últimos 365 dias. Em 2020, no entanto, a tarefa parece mais ingrata. O ano, marcado por adiamentos sucessivos dos maiores lançamentos - empurrados até para 2022 - e pelo maior aproveitamento do streaming, deixou um gosto amargo na indústria que, assim como o mundo inteiro, se desestabilizou com a pandemia de Covid-19. 

Mas não é por isso que a retrospectiva não acontecerá. Ao contrário dos anos anteriores porém, relembramos 2020 por suas marcantes preferências cinematográficas. Neste ano a Netflix chamou atenção do mundo todo ao divulgar um soft-porn polonês, Christopher Nolan reabriu os cinemas em uma tentativa questionável de salvá-lo e o mundo parou para reassistir um filme de 2011, pela sua familiaridade com os eventos atuais. 

Com isso, em 2020 a lista é diferente, e relembra não (apenas) os maiores e melhores filmes do ano como os lançamentos que deixaram seu marco na época, e que para sempre serão associados com o ano da pandemia. Confira:

Parasita

Parece que se passou muito mais tempo, mas foi em 2020 que o diretor Bong Joon Ho foi premiado no Oscar por Parasita. O longa usa a relação entre as famílias Park e Kim para falar sobre diversos temas relevantes, como desigualdade social. O grande trunfo de Bong Joon Ho foi mostrar tudo isso com camadas de ironia, um humor beirando o absurdo e um clímax denso e emocionante. Mereceu todos os prêmios que levou.

Soul

Com o surgimento da pandemia do novo coronavírus, inúmeros filmes foram adiados e até perderam sua estreia nos cinemas. Um dos grandes destaques dentre os lançamentos direto em streaming é Soul, nova animação da Pixar que conta a história de Joe Garner (Jamie Foxx), um professor de música frustrado que recebe a oportunidade de sua vida poucos momentos antes de falecer. Determinado a voltar à vida, ele parte em uma jornada ao lado de 22 (Tina Fey), uma alma que está há séculos “enrolando” para não vir para a Terra. Com uma história poderosa, um visual encantador e uma trilha sonora ímpar, a produção comandada por Pete Docter (Divertidamente) foi um verdadeiro presente para a época das festas de final de ano.

Aves de Rapina

Depois do fracasso de Esquadrão Suicida, a Warner resolveu trazer a Arlequina de Margot Robbie de volta, dessa vez em uma produção protagonizada 100% por mulheres. Aves de Rapina chegou aos cinemas antes da quarentena pelo coronavírus e surpreendeu ao trazer Robbie mais à vontade no papel e, finalmente, livre de sua relação com o Coringa. O resultado é uma produção leve, com ótimas cenas de ação.

O Poço

Ninguém pode negar que um dos vencedores de 2020 foi a Netflix, responsável por um alívio necessário na quarentena e a disponibilização de diversos títulos que marcaram o ano. Um dos mais memoráveis nesse sentido foi O Poço, produção espanhola de 2019 que conquistou o público brasileiro este ano ao contar a história de uma prisão com sistema peculiar: enquanto os detentos dos andares mais altos recebem um banquete todos os dias, os dos pisos mais baixos ficam com as migalhas do que sobra.

Os Novos Mutantes

Quem poderia esquecer que 2020 foi o ano de estreia de Os Novos Mutantes? Muita gente. Mas o longa da Fox que teve seu lançamento adiado diversas vezes, por motivos diversos, finalmente chegou às telonas no Brasil no meio pandemia, quando o cinema dava seus primeiros passos para a reabertura. Apesar da recepção morna e nada surpreendente, finalmente pudemos assistir - e superar - o longa de Josh Boone.

365 Dias

2020 teve suas bizarrices memoráveis e uma das mais marcantes certamente foi o sucesso estrondoso de 365 Dias. Lembra quando as pessoas ficaram fissuradas por um soft porn polonês? Pois é, os lançamentos da Netflix são variados e surpreendentes, e neste filme conferimos a história de Laura, uma mulher raptada que deve se apaixonar por seu sequestrador em um ano. Ai, 2020. 

Borat: Fita de Cinema Seguinte

Dentre as inúmeras reviravoltas de 2020, sem dúvidas, está o retorno de Borat. Quase 15 anos após o lançamento do primeiro filme, o repórter do Cazaquistão interpretado por Sacha Baron Cohen voltou aos Estados Unidos em Fita de Cinema Seguinte, longa gravado em segredo e lançado no Amazon Prime Video. Com a adição de Maria Bakalova como filha de Borat, o longa mostrou a jornada do jornalista em busca de estreitar a relação de seu país com o governo dos Estados Unidos. Lançado às vésperas das eleições norte-americanas, o ácido humor do longa teve como alvo as alas mais radicais da sociedade americana - que vão dos negacionistas aos intolerantes - passando pelas redes sociais e até a pandemia do novo coronavírus.

Milagre na Cela 7

2020 teve seus megalançamentos, seus filmes de terror psicológico, suas bizarrices, mas nenhum filme marcou o ano de forma tão doce quanto o turco Milagre na Cela 7. A singela produção - que também é 2019 mas explodiu no Brasil em 2020 - é um remake de um filme sul-coreano e também teve seus haters, mas a realidade é que ele ganhou o mundo em um momento delicado, em que a humanidade está trancada dentro de casa e com as emoções à flor da pele. Se você procura um motivo para chorar descontroladamente, Milagre na Cela 7 é um dos seus maiores aliados. 

Tenet

E claro, tivemos Tenet. O filme que insistiu em ser lançado em 2020 mesmo com cinemas fechados e uma situação bem delicada na indústria foi o grande responsável pela reabertura das salas, e ficará marcado para sempre por isso. O blockbuster, que acabou com críticas e arrecadações abaixo do esperado, trouxe Christopher Nolan em seu volume máximo.

Mulher-Maravilha 1984

Enquanto a Marvel Studios empurrou para frente todos os seus lançamentos - e pela primeira vez desde 2009 não teve nenhum lançamento em um ano - a DC optou pelo lançamento simultâneo em cinemas e streaming para o seu grande lançamento do ano: Mulher-Maravilha 1984. Estreando em 25 de dezembro na maior parte do mundo, a sequência comandada por Patty Jenkins fechou o ano com um tom esperançoso, e marcou para sempre a indústria como o primeiro filme a testar a nova estratégia da Warner. 

Contágio

Enquanto a maior parte dos filmes da lista foi lançada este ano, poucos filmes marcaram tanto a nossa vida em 2020 quanto Contágio, o longa de 2011 de Steven Soderbergh. No primeiro semestre, o longa que mostra o desenvolvimento de uma pandemia sentiu um salto de audiência em diversas plataformas, e passou do 270º lugar entre os filmes da Warner em dezembro de 2019 para o 2º, em março de 2020 (atrás apenas da franquia Harry Potter).  

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