Max Irons é um dos jovens astros de A Garota da Capa Vermelha (Red Riding Hood), filme de Catherine Hardwicke que acaba de entrar em cartaz no Brasil. A versão moderna da Chapéuzinho Vermelho vem na onda atual de transformar contos de fadas em filmes. Em entrevista ao nosso correspondente em Hollywood, Steve Weintraub, do site parceiro Collider, Irons lembra das dificuldades que enfrentou para conseguir o papel, a importância do figurino na hora de construir o personagem e como os ingleses gostam - e são bons - em beber.
Assista abaixo:
Como você está hoje?
Eu estou ótimo.
Esta é sua primeira vez fazendo uma junket tão grande quanto essa, certo?
Sim, você está certo.
E como está sendo a experiência? Acho que este deve ser seu terceiro dia falando com a imprensa…
Sim, algo desse tipo. Acho, que só preciso evitar ficar entediado, e deixar câmera e todo mundo ao seu redor entediado.
Você ainda não começou no jogo da junket?
O que é o jogo da junket?
Toda vez...
Oh, eu sei qual é jogo da junket.
Ok. Muito bem.
Aquele com as palavras?
Sim, exatamente.
Ainda não, mas vamos ver ao longo do dia...
Eu ouvi isso vários atores. Eles sempre tentam deixar o jogo da junket mais interessante.
Eu tenho este problema horrível: se eu tivesse que me dar bem com uma palavra ridícula, como "mago" ou algo do tipo, eu ia simplesmente me acabar de rir.
Ou Xilofone.
Como colocar Xilofone em uma conversa?
Alguns conseguem.
Eu pensei em "Delta T" ou algo do tipo. Não dá para encaixar essas palavras. São termos difíceis.
Mas isso que é legal.
Ok...
São coisas para se pensar pelo resto do dia.
Tudo bem.
Falando sobre o filme, você pode nos contar como se envolveu com o projeto?
Bem, o roteiro apareceu na minha mesa, e fiz três testes em Londres, e um deles era pra ver se rolava química com a Amanda. Pois no começo todos estavam fazendo teste para os dois papéis: Peter e Henry. Eu achei que tivesse ido extremamente mal, então, fui encher a cara logo depois.
Eu tenho de interromper por um segundo. As pessoas bebem na Inglaterra?
Nós bebemos. Na verdade, eu acho que nós inventamos isso.
Isso é chocante. Eu nunca vi um bar em Londres.
Nunca foi para algum pub?
Nunca.
Isso... Isso é simplesmente... Nós adoramos. Na verdade, bebemos melhor do que a maioria.
Vocês bebem.
Nós mandamos ver.
Desculpe por ter interrompido.
Não foi nada. Tudo bem. Mas nós adoramos. Na verdade, depois daqui... Depois tivemos dois testes de câmera em Los Angeles, e foi horrível. Em Londres éramos uns dez atores ingleses, então você conhecia todos eles. Você sempre os encontra nos mesmos lugares, mas lá, eles nos reduziram para três e pensei que quando chegássemos a Los Angeles seríamos só nós três, mas lá havia mais uma dúzia de atores americanos, todos musculosos, com dentes muito brancos e todo tipo de coisa... mas aí fizemos pares diferentes, e fizemos isso durante dois dias, e uma semana depois o papel era meu.
Você pode falar um pouco sobre o processo de ensaios? O quanto você se preparou antecipadamente, e o quanto você criou coisas no set?
Eu acho que você deve memorizar o roteiro para ter o máximo de informações possível, as circunstâncias dadas, de onde ele veio, do que ele gosta, do que ele não gosta, o que ele sente sobre os outros pernonagens. Trabalhei com Shiloh Fernandez, o que foi ótimo para encontrar a química entre a relação entre Peter e Henry. Mas depois, muitas coisas surgem quando se está usando um par de botas, e uma capa de couro, caminhando por essa imensa vila fortificada, que Catherine Hardicke construiu. E isso tambem influencia um pouco a sua imaginação.
Você pode falar um pouco sobre o figurino? Você já saiu do set com aquelas roupas, já chegou a ir para a Starbucks ou para um café?
Não, mas eu adoraria, pois eu me sentia muito bem naquelas roupas. Você já as viu?
Eu já vi.
É couro. Aquilo tudo é couro. Me senti como o Van Helsin usando aquilo. É brilhante! Só as botas fazem você se sentir um rei.
Falando hipoteticamente, você chegou a pegar alguma coisa do set e levar para casa?
Não, acho que não.
O que é uma pena.
Que burro.
Eu não queria ter dito nada, mas isso foi um vacilo.
É…
Eu sei que nosso tempo está acabando aqui, então vou perguntar: O que mais você está fazendo, ou o que mais está por vir? Este filme te levou para mais reuniões?
Me levou a muitas outras reuniões. Essa é uma vantagem quando se faz um filme com a Warner Bros. Mas sobre o que já está definido, ainda vamos ter que esperar.
Eu tenho de terminar mas espero que a entrevista não tenha sido dolorida.
Nem um pouco.
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