Protagonista de Guerra Civil, Kirsten Dunst revelou que o realismo das filmagens a deixaram com estresse pós-traumático por cerca de duas semanas. Em entrevista à Marie Claire, a atriz afirmou ter ficado profundamente abalada com os tiros e explosões no set do filme de Alex Garland, dizendo que “se sentia muito vazia” após as gravações.
“Lembro de ouvir eles praticando uma explosão. Estávamos no trailer de cabelo e maquiagem, que era bem longe do set, e o trailer inteiro tremeu”, contou Dunst, que associou seu abalo no filme aos constantes tiroteios em escolas nos Estados Unidos. “Tinham tantos tiros [em Guerra Civil] e aí eu olhava para as notícias e via mais um tiroteio em uma escola.”
Apesar do trauma, Dunst afirmou que se sentiu atraída pelo roteiro de Guerra Civil pelo seu papel ser diferente das personagens que estúdios vinham lhe oferecendo desde a sua atuação em Ataque dos Cães. “Não trabalhava há dois anos. Todo papel que me ofereciam era de mãe triste. Para ser sincera, isso foi difícil para mim, porque preciso me alimentar. O mais difícil é ser mãe e não sentir que não tenho [mais] nada para mim. Isso são todas as mães — não só eu. Definitivamente, há menos papéis bons para mulheres da minha idade. É por isso que fiz Guerra Civil. Quando li o roteiro, pensei: ‘nunca fiz nada assim’.”
O longa de Alex Garland (Ex Machina) se passa em um futuro distópico em que os Estados Unidos estão em conflito: 19 estados se separaram da União, e há um embate entre as Forças Ocidentais do Texas e da Califórnia e o poderio militar do governo federal estadunidense.
Dunst vive uma fotojornalista que precisa navegar os perigos desta nova paisagem política dos EUA ao lado de um colega interpretado por Wagner Moura. Nick Offerman (Parks & Recreation) interpreta o presidente americano, enquanto Jesse Plemons (Fargo) é um soldado que cruza o caminho dos protagonistas.
Completam o elenco Cailee Spaeny (Priscilla) e Jefferson White (Yellowstone). Guerra Civil estreia no Brasil em 18 de abril.