Detalhe do pôster de Harold e o Lápis Mágico (Reprodução)

Créditos da imagem: Detalhe do pôster de Harold e o Lápis Mágico (Reprodução)

Filmes

Entrevista

Harold e o Lápis Mágico é o filme de super-heróis de Saldanha: “Fugi do óbvio”

Diretor brasileiro revelou que Shazam! foi inspiração para escalar Zachary Levi

Omelete
3 min de leitura
23.08.2024, às 17H41.
Atualizada em 26.08.2024, ÀS 11H07

Carlos Saldanha não sabe se um dia vai dirigir um filme da Marvel ou da DC - mas, de uma forma ou de outra, considera Harold e o Lápis Mágico a sua própria versão de um filme de super-heróis. Em entrevista exclusiva ao Omelete, o diretor brasileiro de A Era do Gelo e Rio contou sobre seus hábitos de leitura de HQs, e como Shazam! levou à escalação de Zachary Levi para seu novo filme.

Eu curto HQs, viu, mas acho que meu gosto vai para um lado menos óbvio. Personagens mais escondidos, que as pessoas não realizam que são super-heróis”, comentou. “Mas eu assisti o Shazam!, e acho que funcionou super bem - quando eu soube que o Zach ia fazer o Harold, achei uma escalação perfeita, porque os dois personagens tem uma coisa meio bobalhona, uma inocência que é fundamental”.

Saldanha refletiu ainda sobre como o seu Harold também tem um superpoder - tudo o que ele desenha com o tal Lápis Mágico ganha vida no mundo real: “Ele não deixa de ser um super-herói. Foge um pouco dos poderes óbvios - super força, super velocidade -, mas não deixa de ser.

Curiosamente, o filme já é o segundo que Saldanha dirige com base em um livro clássico da literatura infantojuvenil dos EUA - o primeiro, no caso, foi O Touro Ferdinando (2017), que recentemente virou sucesso no streaming ao chegar no catálogo da Netflix. A distância cultural não parece ser uma barreira para o cineasta, nascido no Rio de Janeiro, mas residente dos EUA há muitos anos.

Eu procuro histórias com as quais eu consiga descobrir uma conexão, mesmo que eu não tenha uma conexão de cultura - não cresci com esse livro, mas ao ler consigo entender qual é o coração da história”, disse Saldanha. Quando eu li O Touro Ferdinando, imediatamente quis passar adiante para os meus filhos, porque tinha uma mensagem muito bonita sobre ser quem você é... apesar de ser grande, você não precisa ser violento, não precisa se conformar aos estereótipos”.

O mesmo aconteceu com o novo projeto: “Harold, apesar de ser um livro dos anos 50, é um baita clássico lá nos Estados Unidos, então também li para os meus filhos quando eles eram menores. A imagem já existia na minha cabeça, mas de qualquer forma eu tive que me afastar e tentar pegar a essência, o coração da história, e expandir essa linguagem para me certificar de que ela funcione em qualquer lugar do mundo. Essa é uma história sobre não deixar de lado sua imaginação, sobre como você pode crescer e manter a criança viva dentro de você, e essa é uma mensagem legal”.

Coestrelado por Lil Rel Howard (Corra!), Zooey Deschanel (500 Dias com Ela), Alfred Molina (Homem-Aranha 2) e Jemaine Clement (O Que Fazemos nas Sombras), Harold e o Lápis Mágico já está em cartaz nos cinemas brasileiros.

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