Filmes

Artigo

<i>Satyricon, de Fellini</i>

<i>Satyricon, de Fellini</i>

31.12.2003, às 00H00.
Atualizada em 28.12.2016, ÀS 05H01

Satyricon
Itália/França, 1969 - 138 min.
Comédia/drama

Direção: Federico Fellini
Roteiro: Federico Fellini




Elenco: Martin Potter, Hiram Keller, Max Born, Salvo Randone, Mario Romagnoli, Magali Noël, Capucine, Alain Cuny, Fanfulla Danica La Loggia, Giuseppe Sanvitale

O cinema italiano dos anos 70 se confunde com as opções estéticas de Federico Fellini (1920-1993) no período.

Enquanto diretores como Marco Ferreri (1928-1997) e Pier Paolo Pasolini (1922-1975) realizavam bacanais bestiais na tela como forma de criticar a sociedade consumista, Fellini adaptou esses exageros carnais aos seus devaneios oníricos - cada vez mais presentes após o seu afastamento do Neo-Realismo. Ou seja, nada mais oportuno do que também evocar alguns rituais dionisíacos para poder exibir, com naturalidade, os seios fartos, os coros de mulheres histéricas e os gordos flatulentos que povoavam o imaginário do diretor.

Em 1972 e em 1973, Fellini depurou o estilo, limou exageros, em dois antológicos retratos autobiográficos, respectivamente, Roma e Amarcord. Mas antes, em 1969, o diretor perpetrou Satyricon: provavelmente o seu filme mais grosseiro, no sentido de valorizar a aberração sem que isso gere, necessariamente, um contraponto artístico, poético.

00:00/01:00
Truvid
auto skip

Como nos dias de Sodoma e Gomorra narrados por Pasolini, Fellini tem na libertinagem dos tempos bíblicos a sua fonte. Aqui, trata-se da adaptação livre da obra homônima do latino Petrônio, escrita provavelmente no ano de 61. O cenário é esse Império Romano dos primeiros séculos cristãos, visto, como diz o título, em versos satíricos. Na trama fragmentada de Fellini, o eixo se concentra na história de Encolpio (Martin Potter), que disputa com o seu amigo Ascilto (Hiram Keller) o afeto do jovem Gitone (Max Born). Daí, em um apanhado de episódios, Encolpio participa de orgias, vira escravo e encontra até a lenda viva do Minotauro.

Se alguns episódios são mais ricos do que outros, se algumas referências podem soar gratuitas a quem não domina o tema, se Satyricon resulta num momento pouco inspirado de Fellini, ao menos uma qualidade se destaca: a vocação para ridicularizar as grandes mitologias greco-latinas e o modo de vida romano. Uma vocação, aliás, que Fellini divide com os seus parceiros de cinema setentista.

Comentários (0)

Os comentários são moderados e caso viole nossos Termos e Condições de uso, o comentário será excluído. A persistência na violação acarretará em um banimento da sua conta.

Login

Criar conta

O campo Nome Completo é obrigatório

O campo CPF é obrigatório

O campo E-mail é obrigatório

As senhas devem ser iguais

As senhas devem ser iguais

As senhas devem ser iguais

O campo Senha é obrigatório

  • Possuir no mínimo de 8 caracteres

  • Possuir ao menos uma letra maiúscula

  • Possuir ao menos uma letra minúscula

  • Possuir ao menos um número

  • Possuir ao menos um caractere especial (ex: @, #, $)

As senhas devem ser iguais

Meus dados

O campo Nome Completo é obrigatório

O campo CPF é obrigatório

O campo E-mail é obrigatório

As senhas devem ser iguais

As senhas devem ser iguais

As senhas devem ser iguais

Redefinir senha

Crie uma nova senha

O campo Senha é obrigatório

  • Possuir no mínimo de 8 caracteres

  • Possuir ao menos uma letra maiúscula

  • Possuir ao menos uma letra minúscula

  • Possuir ao menos um número

  • Possuir ao menos um caractere especial (ex: @, #, $)

As senhas devem ser iguais

Esqueci minha senha

Digite o e-mail associado à sua conta no Omelete e enviaremos um link para redefinir sua senha.

As senhas devem ser iguais

Confirme seu e-mail

Insira o código enviado para o e-mail cadastrado para verificar seu e-mail.

a

Ao continuar navegando, declaro que estou ciente e concordo com a nossa Política de Privacidade bem como manifesto o consentimento quanto ao fornecimento e tratamento dos dados e cookies para as finalidades ali constantes.