Como já era esperado, começou a temporada de ameaças ao filme A Bússola de Ouro, adaptação do primeiro volume da trilogia Fronteiras do Universo, de Philip Pullman. Segundo a revista Newsweek, a Liga Católica está encorajando as famílias a boicotar o filme sob a alegação de que Pullman usa seus livros para atrair crianças para suas crenças.
Acostumado à polêmica criada por sua trilogia, Pullman, que é ateu, diz que seu único objetivo é atrair leitores e que as pessoas deveriam confiar na capacidade do público de tomar suas próprias decisões.
bússola de ouro
É usualmente dito - com certa razão - que a trilogia se posiciona contra religiões organizadas, particularmente o Catolicismo. Os vilões nos livros integram uma poderosa teocracia denominada O Magistério. O próprio título original da trilogia, His Dark Materials, é uma alusão ao poema Paraíso Perdido, de John Milton (1608-1674), clássico que retrata o anjo caído Satã como um ser que desafia a onipotência do seu criador, Deus.
Até o momento a campanha contra A Bússola de Ouro fez com que o livro fosse retirado da biblioteca de uma escola no Canadá, mas não teve efeito no Reino Unido, onde a obra de Pullman já teve adaptações bem sucedidas para o rádio e o teatro.
Na história, a jovem Lyra vive numa Oxford de um mundo paralelo onde existem animais falantes, bruxas, anjos, cientistas e religiosos envolvidos numa batalha de grandes proporções, no qual a maligna Sra. Coulter impõe a sua autoridade. Nessas aventuras, o balonista Lee Scoresby (Sam Elliott) será de grande importância para Lyra. Eva Green interpreta Serafina Pekula, outra aliada valiosa, a feiticeira que guia a menina em sua jornada.
O longa tem estréia prevista para 7 de dezembro nos EUA e em 25/12 por aqui. A direção é de Chris Weitz (Um grande garoto, Formiguinhaz).
Leia aqui as primeiras impressões do Omelete sobre uma prévia do filme.