O remake de Lobisomem referencia o clássico de 1941, mas o diretor australiano Leigh Whannell fez questão de levar um pouco de suas vivências pessoais para o projeto - e um pouco de David Cronenberg, afinal, por quê não? Em entrevista, Whannell revelou que uma tragédia pessoal, inclusive, o inspirou para finalizar o roteiro do longa-metragem.
"Eu escrevi o filme em um vácuo. Não havia público para eu ouvir, então não foi possível calibrar as coisas durante a montagem. Você pode fazer sessões teste, pode mostrar para os outros, pode ouvir... Mas quando você está escrevendo, é muito insular. Eu estava apenas pensando no que parecia ser certo na tragédia de tudo", disse o diretor ao Screen Rant. "Eu tive um amigo em particular que estava sofrendo com uma doença degenerativa. Ele não podia mais andar, estava em uma cadeira de rodas e não conseguia andar mesmo. Ele não podia se comunicar. Então todas as minhas emoções sobre ele foram colocadas no roteiro, e não há como escapar da tristeza disso tudo. Um filme como A Mosca, de Cronenberg, ilustra bem essas ideias, os elementos mais terríveis e a tragédia podem funcionar juntos", concluiu.
O terror acompanha um homem que precisa proteger sua família de um perigoso lobisomen durante uma noite de lua cheia. O elenco conta com Christopher Abbott no papel título, além de Julia Garner, Sam Jaeger e Matilda Firth.
O remake atraiu todos os holofotes desde o seu anúncio, já que o personagem não vinha recebendo muitas super produções nos últimos anos. Após as primeiras exibições, a crítica americana definiu Lobisomem como aterrorizante. Recentemente, foi revelado pela primeira vez o visual do Lobisomem do filme - veja aqui.
Originalmente, Ryan Gosling estava no papel do monstro. O ator precisou deixar o projeto por conflitos em sua agenda. Abott, que herdou o papel, é conhecido por seus trabalhos em Pobres Criaturas, Ao Cair da Noite e James White.
Lobisomem está marcado para estrear nos cinemas em 16 de janeiro.