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Madagascar 2

Animação refina humor do primeiro filme, tem divertidas referências e técnica impecável

11.12.2008, às 17H00.
Atualizada em 04.11.2016, ÀS 03H19

Madagascar 2 (Madagascar: Escape 2 Africa, 2008) é um caso raro, um filme que aprendeu com os erros e acertos do primeiro.

A animação longa-metragem pegou todos os elementos que funcionaram a contento na aventura original de 2005, como os pinguins e o (chapado?) Rei Julien (Sacha Baron Cohen), e os refinou. Também cercou os protagonistas Alex (Ben Stiller), Marty (Chris Rock), Melman (David Schwimmer) e Gloria (Jada Pinkett Smith), os animais do zoológico do Central Park, de coadjuvantes bem mais interessantes do que eles próprios.

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O resultado é bastante positivo. Para cada lamentação inocente do leão Alex - de longe o personagem menos interessante - há um sem-fim de piadas fantásticas envolvendo a fauna satélite. Os pinguins, aclamados pelo público do primeiro, dão novamente um show. Há um humor sutil, adulto e sacana ali, impagável. As negociações das aves com os chimpanzés são o ponto alto, bem como o surgimento do carente e fofo lêmure que persegue Julien em sequências de um nonsense incrível.

Outras formidáveis adições ao elenco são Makunga, vilão leonino vivido pelo inspirado Alec Baldwin, e Moto-Moto, o hipopótamo saradão interpretado pelo supercool Will.I.Am.

É interessante também como o roteiro de Etan Cohen (Trovão Tropical) encontra arcos de histórias satisfatórios para cada personagem principal. Enquanto Alex reencontra sua família e temos vislumbres de sua origem selvagem, o hipocondríaco Melman torna-se curandeiro das girafas, Marty vive uma crise de identidade em meio ao seu bando e Gloria é assediada pelo mais desejado dos hipopótamos. Cada arco é desenvolvido paralelamente à tentativa do grupo de retornar à civilização e se cruza com os outros em diversos pontos, pontuados por referências cinematográficas diversas, como Carruagens de Fogo, Armageddon, Planeta dos Macacos e Beleza Americana, além de filmes de máfia e outra meia-dúzia de citações divertidas. O Rei Leão é também uma sombra constante.

A coerência do texto de Cohen (não confunda com o outro Ethan Cohen) é rivalizada apenas pela excepcional técnica do filme de Eric Darnell e Tom McGrath - que está ainda mais bonito que seu antecessor. Enquanto os personagens continuam estilizados, o cenário tem um fotorrealismo clínico de tão limpo e perfeito.

Madagascar 2 é, assim, entretenimento familiar da melhor espécie. Não esconde seu apreço por uma ou outra piada de meleca, mas dá motivo de risadas também aos adultos. Se ao menos Alex fosse um pouco menos sonolento...

Leia mais sobre Madagascar 2 no Especial Omelete

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