Maldita sorte? Que nada! É azar maldito mesmo! Sabe quando você quer muito alguma coisa, mas parece que nada dá certo? Foi o que aconteceu comigo e Maldita Sorte (Good Luck Chuck, 2007). Primeiro, vendo pôsteres de Jessica Alba chupando sorvete ou fotos vestindo uma calcinha com um pingüim desenhado, torci para o filme ser divertido, uma vez que "bom para os olhos" certamente ele seria.
Me dei mal. Indo direto ao assunto, é uma das piores coisas que vi este ano. E por isso - e pelas péssimas críticas recebidas lá fora - comecei a sonhar com a possibilidade de um lançamento direto em DVD aqui no Brasil, o que também não aconteceu.
maldita sorte - 1
A premissa até era interessante: quando entrava na adolescência, Charlie passou uma daquelas tardes no porão de alguém ao lado de meninos e meninas em joguinhos, digamos, educativos. Rodava-se uma garrafa e os dois escolhidos iam para o armário, onde teriam seus eternos segundos de escuridão para fazer o que bem entendessem. Para o azar do protagonista, seu par é uma gótica atirada, que depois de ser rejeitada conjura um feitiço pra cima do moleque.
Corta para o futuro e quando encontramos Charlie de novo ele já é adulto, bem sucedido e solteiro. Todas as mulheres com quem ele dorme acabam se casando com o próximo da linha. Ao ter sua "maldição" revelada, Chuck vira o amuleto das encalhadas. E lá vai ele traçando loiras, morenas, gordas, altas, histéricas, etc. O prazer carnal, porém, não traz alegria ao moço, que também procura a felicidade eterna dos contos de fadas. E é aí que entra Cam (Jessica Alba), uma desastrada bióloga que cuida dos pingüins de um parque aquático. Depois de uma decepção amorosa, a garota se esquiva como pode de outros relacionamentos, mas quando finalmente se apaixona por Charlie, ele decide não "consumar o amor", com medo de perdê-la.
Com excessivas piadas sem graça, atuações canhestras e abuso do mau gosto, Maldita Sorte tem tudo para desagradar mulheres sedentas por uma comédia-romântica e homens famélicos por um soft-porn. E nem adianta tantar botar a culpa na falta de sorte. É pura falta de competência mesmo!