Mel
Gibson aliviou um pouco, só um pouco, a curiosidade de todo mundo a respeito
de Apocalypto, seu novo filme como diretor e arqueólogo de línguas
mortas. A revista Time visitou os sets em Veracruz, no México, onde ele
roda o filme desde novembro, e conta o que viu:
Eu preciso ver o sangue, grita Mel Gibson. O seu personagem vai morrer em breve! Ele pega um megafone: Atenção! Nós todos vamos morrer aqui! Vamos todos morrer! (...) Centenas de extras carregam rochas falsas para construir um templo usado para sacrifício humano. Gibson quer que um dos extras, coberto de pó branco, visivelmente vomite uma bolota de sangue falso. Mas algo se perde na tradução. Tomada após tomada, o jovem que só fala espanhol polidamente cobre a boca. Um segundo candidato faz o mesmo. Gibson finalmente solta um uivo torturado e busca um cigarro em seu pacote vazio de Camels e transforma o set em seu próprio Thunderdome. O tradutor faz o possível para compreender a Paixão de Mel, escreve a revista.
Perguntado sobre a reação que as pessoas podem ter diante de um sacrifício maia, já que Gibson conhece bem a fúria dos judeus que o acusaram de anti-semita em A paixão de Cristo, ele respondeu como um Mad Max, ou um Martin Riggs: Depois do que eu passei em A Paixão, eu francamente estou pouco me f****** a respeito do que esses críticos pensam.
Um trailer já divulgado há um bom tempo dá uma idéia do que esperar de Apocalypto. Muitos fundos digitalizados e cortes rápidos sugerem que o épico apostará na ação e na grandiloqüência. Como em seu último filme, os diálogos serão todos em línguas ancestrais, no caso, o idioma maia chamado Yucateco. A trama se ambienta seiscentos anos no passado, antes da chegada dos espanhóis à América Central e ao México. Nela, um homem mergulha em uma perigosa jornada num mundo opressivo em nome do amor por sua mulher e sua família.
A Disney cuidará da distribuição dentro dos EUA, enquanto a Icon Productions de Gibson detém total controle criativo e financeiro do projeto, lançando-o mundo afora. A estréia deve ocorrer em julho de 2006.
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