O cineasta francês Eric Rohmer, um dos nomes fundamentais da geração da Nouvelle Vague, morreu nesta segunda-feira, em Paris, aos 89 anos.
Rohmer, ou Jean-Marie Maurice Schérer, como foi registrado quando nasceu em 1920, editou de 1957 a 1963 a influente revista de crítica cinematográfica Cahiers du Cinéma, época também em que deixou os curtas-metragens e assinou, em 1959, o seu primeiro longa, O Signo de Leão.
Eric Rohmer
O reconhecimento internacional veio, principalmente, com Minha Noite com Ela (1969), que chegou a ser indicado ao Oscar de melhor roteiro. Uma das frases célebres de Rohmer - "eu não digo, eu mostro" - sintetiza seu cinema sem retóricas, voltado para a observação, frequentemente irônica, de romances frugais e dramas de épocas.
Ao longo da década de 2000, muitos filmes de Rohmer foram relançados nos cinemas brasileiros pelo Grupo Estação, incluindo sua produção mais recente, como os Contos das Estações. O último trabalho do francês, Les amours d'Astrée et de Céladon, de 2007, segue inédito no país.