Em entrevista ao IGN, Denis Villeneuve explicou como fez a cena de sexo entre K (Ryan Gosling) e Joi (Ana de Armas) em Blade Runner 2049:
“Sendo um Blade Runner, todas as vezes que K foi tocado foi com violência. Ele nunca teve afeição de verdade, não tem contato com humanos de verdade, porque eles não gostam de Replicantes. E os outros Replicantes não gostam dos Blade Runners porque eles estão matando seus iguais. Então ele é sozinho – o único ser com o qual ele pode se relacionar é Joi, e ele não pode ter contato com ela, contato físico. É um relacionamento limitado. Na verdade é estranho, um relacionamento profundo, mas não completo”.
O diretor afirma que a sequência que funde Joi com Mariette (Mackenzie Davis) demorou um ano para ser feita, desde a coreografia até o trecho final. Villeneuve usou muitos efeitos visuais apenas no final, quando as imagens das atrizes se unem. Antes disso, câmeras extras recriaram os astros e o cenário em um modelo 3D, sobrepondo os movimentos delas:
“A segunda atriz chegava e fazia os mesmos movimentos da outra, muito precisamente, enquanto mantinha seu próprio arco emocional no decorrer da cena (...). Eu não queria que a sequência fosse sobre o visual, mas sim sobre a emoção que os personagens estão passando, para ser algo poderoso e com significado. Queria que tivesse uma qualidade analógica – que pudesse ser um processo fotográfico, não digital como Star Wars. Queria que fosse o mais orgânico possível”.
Blade Runner 2049 chegou aos cinemas em outubro de 2017 e arrecadou US$ 259 milhões no mundo. O filme levou cinco indicações ao Oscar - veja a lista completa.
