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Festival de Cannes | "Houve um tempo que sempre tinha Brasil aqui", diz Werner Herzog

Cineasta lembra de Glauber Rocha ao ser homenageado na quinzena dos realizadores

18.05.2017, às 20H35.
Atualizada em 18.05.2017, ÀS 23H10

Aclamado por documentários como O Homem-Urso e ficções como Aguirre, a Cólera dos Deuses, o diretor alemão Werner Herzog recebeu em 18 de maio no Festival de Cannes um prêmio especial, o troféu Carroça de Ouro, pelo conjunto de sua carreira, durante a cerimônia de abertura da Quinzenas dos Realizadores. Mas o cineasta acabou usando os holofotes para falar de suas saudades de amigos brasileiros.

"Em um momento que ninguém me queria, a Quinzena aceitava meus primeiros filmes e isso numa época em que sempre havia gente do Brasil aqui. Aquela grande geração do Cinema Novo brasileiro, com Glauber Rocha e Ruy Guerra, com quem eu filmei, tinha sempre lugar neste evento, assim como os mestres poloneses. Hoje aumentou até a diversidade, mas Cannes segue acolhendo esteticas difíceis de se ver por aí", lembrou Herzog, que exibe na Croisette uma cópia inedita de seu cult Vício Frenético, com Nicolas Cage.

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