Aclamado por documentários como O Homem-Urso e ficções como Aguirre, a Cólera dos Deuses, o diretor alemão Werner Herzog recebeu em 18 de maio no Festival de Cannes um prêmio especial, o troféu Carroça de Ouro, pelo conjunto de sua carreira, durante a cerimônia de abertura da Quinzenas dos Realizadores. Mas o cineasta acabou usando os holofotes para falar de suas saudades de amigos brasileiros.
"Em um momento que ninguém me queria, a Quinzena aceitava meus primeiros filmes e isso numa época em que sempre havia gente do Brasil aqui. Aquela grande geração do Cinema Novo brasileiro, com Glauber Rocha e Ruy Guerra, com quem eu filmei, tinha sempre lugar neste evento, assim como os mestres poloneses. Hoje aumentou até a diversidade, mas Cannes segue acolhendo esteticas difíceis de se ver por aí", lembrou Herzog, que exibe na Croisette uma cópia inedita de seu cult Vício Frenético, com Nicolas Cage.