As coisas não estão boas para o lado de Quentin Tarantino. Depois da divulgação do vídeo do acidente de Uma Thurman no set de Kill Bill e do ressurgimento de uma entrevista de 2003 ao The Howard Stern Show em que o diretor defendia Roman Polanski do estupro de Samantha Geimer, rumores indicam que a Sony pode estar repensando o novo filme do cineasta, que se passaria durante o verão dos assassinatos cometidos pela família Mason.
Segundo o Showbiz 411, as notícias negativas em torno do diretor estariam fazendo o estúdio reconsiderar o filme, que teria um orçamento em torno de US$ 100 milhões e precisaria somar mais de US$ 375 milhões mundialmente para gerar lucro. Tarantino alcançou essa marca somente duas vezes, com Django Livre (US$ 425 milhões arrecadados mundialmente) e Bastardos Inglórios (US$ 321 milhões arrecadados mundialmente). Além disso, a trama do filme seria muito polêmica, com Polanski sendo um dos personagens (o diretor era casado na época com Sharon Tate, uma das vítimas dos assassinatos da família Manson).
O vídeo do acidente de Thurman foi liberado pelo próprio Tarantino, que diz que esse foi um dos maiores arrependimentos da sua vida - leia mais. O cineasta também se desculpou pelas declarações em relação a Samantha Geimer, dizendo que estava errado e sua intenção na época foi apenas ser provocativo: "Fui ignorante, insensível e acima de tudo, incorreto", escreveu o diretor.
No filme ainda sem título, Leonardo Di Caprio deve interpretar um ator que tinha a sua própria série de faroeste, exibida entre 1958 e 1963. A sua tentativa de transição para o cinema não deu certo e, em 1969, no auge no movimento hippie, ele faz participações em séries de TV e pensa em se mudar para Itália, país que tem obtido sucesso na produção de westerns de baixo orçamento. O longa é descrito como uma produção à la Pulp Fiction em Los Angeles durante o verão dos assassinatos cometidos pela família Mason. Por enquanto, Di Caprio é o único nome confirmado no elenco, que também pode ter Margot Robbie, Brad Pitt, Tom Cruise, Samuel L. Jackson e Al Pacino.
David Heyman (Harry Potter) é o produtor e a expectativa é que as filmagens comecem em junho, em Los Angeles. O longa tem estreia prevista para agosto de 2019.
Este seria o primeiro filme de Tarantino desde que se desvinculou da Miramax e da The Weinstein Company, onde construiu sua carreira colaborando com Harvey Weinstein. O diretor tomou esta atitude após as denúncias de abuso sexual contra o produtor. Sobre o assunto, Tarantino disse que sabia o suficiente para ter tomado uma atitude - leia mais.