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Filmes
Notícia

Unicórnio | "Falta poesia aos nossos tempos", diz diretor durante Festival do Rio

Longa com Patrícia Pillar encerra o rol de concorrentes da Première Brasil

RF
13.10.2017, às 09H51.
Atualizada em 29.01.2018, ÀS 11H01

Embora traga uma das melhores atuações da carreira de Patrícia Pillar desde seu show em A Favorita (2007/8), Unicórnio, último dos longas em concurso pelo troféu Redentor na Première Brasil do Festival do Rio 2017, teve como destaque um ratinho, vindo de Nilópolis. A cidade é a terra natal do diretor Marão (Até a China), hoje um dos maiores animadores da América Latina (dado os quase cem prêmios que ganhou continente afora). E é ele quem assina uma sequência animada que dá um tom de parábola a esta poética fábula sobre a arte da perda e o clamor do desejo, cujo piloto é Eduardo Nunes, realizador do cult Sudoeste (2011).

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Na trama, contada a partir de uma direção de arte estonteante, Patrícia vive a mãe de uma menina que conversa com o pai, num ambiente asséptico paralelo, sobre escolhas, dilemas e sobre o tal rato, animado por Marão.

"Tento resgatar um espírito poético nesses tempos que andam muito duros", diz Nunes, ao Omelete.

Antes de Unicórnio, a Première Brasil embarcou numa jangada de afetos e palavras, dirigida por Esmir Filho e Mariana Bastos, chamada Alguma Coisa Assim. Houve quem citasse a trilogia de Richard Linklater Antes do Amanhecer para definir o projeto, um derivado do curta-metragem homônimo (premiado em Cannes em 2006) de Esmir. Na tela, amigos e amores discutem sobre sexo, rótulos e o peso do tempo.

Até agora, os dois melhores longas de ficção da Première seguem sendo filmes de gênero, ambos na franja do horror: As Boas Maneiras, de Juliana Rojas e Marco Dutra, e O Animal Cordial, de Gabriela Amaral Almeida. A melhor interpretação entre as atrizes foi a de Maeve Jinkins, em Açúcar, e o melhor ator Murilo Benício, pelo thriller de Gabriela. Como É Cruel Viver Assim merecia os troféus de melhor montagem e melhor fotografia.

Radicalmente distintos, o experimento Iran, de Walter Carvalho, e o geopolítico Dedo na Ferida, de Silvio Tendler, foram os documentários de maior vigor do evento. Alcibíades, de Breno Nina, é o curta de mais lirismo. Os ganhadores serão conhecidos no domingo. A pergunta que ninguém sabe responder é por que Motorrad, de Vicente Amorim, ovacionado em sua projeção hors-concours no Cine Odeon, não entrou para concorrer. Merecia...

"O horror aqui é ficção, mas o terror da vida real é a censura", alfinetou Amorim, em referência às recentes intervenções da Lei em museus.

Sua fotografia (clicada por Gustavo Hadba) é um espetáculo visual, que chegou ao Brasil referendada pelos elogios conquistados em sua passagem na mostra oficial do Festival Internacional de Toronto. Com personagens delineados pelo quadrinista Danilo Beyruth, este frenético jogo de gato e camundongos - na trama, jovens são perseguidos e exterminados por motoqueiros cujo rosto jamais é visto - ainda emplacou "a" atriz revelação da maratona carioca: a morena Carla Salle.

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