A performance de Julie Andrews em Mary Poppins é impecável e, não à toa, rendeu à atriz um Oscar em 1965. Por isso, era de se imaginar que, se as aventuras da babá fossem um dia resgatadas por Hollywood, a escolha da sua substituta seria, no mínimo, complicada. Porém, o encarregado de comandar O Retorno de Mary Poppins, o diretor Rob Marshall, nunca teve dúvidas: queria ver Emily Blunt como a personagem. “Honestamente, senti que não existia outra pessoa no mundo que pudesse interpretar esse papel”.
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A lista de motivos do cineasta é extensa. “Ela é uma ótima atriz, capaz de criar tantas camadas. Então, sabia que conseguiria ser uma mulher severa e brusca, mas ainda ser calorosa e ter humor e profundidade. Também precisava encontrar alguém que soubesse dançar e cantar. E ser britânica”, explica, rindo.
No entanto, Marshall sabia que, por mais talentosa que Blunt seja, ela jamais poderia imitar o que sua antecessora criou. Deste modo, ele e a atriz voltaram-se para os romances de P.L. Travers, a mente por trás da babá fantástica, para recriar Mary Poppins. “Nos livros, ela é uma personagem durona, muito excêntrica, vaidosa e um pouco desobediente. Mas o que é tão incrível nela é que ela tem essa fachada, mas por debaixo de tudo isso é apenas uma criança”. E, para ele, Blunt soube trabalhar muito bem esses elementos. “É uma tarefa quase impossível, e ela desafia o impossível e tornou o papel dela”.