Filmes

Entrevista

Omelete entrevista Bruce Willis e o diretor de Duro de Matar 4.0

Justin Long também estava lá... mas é John Mc "Fucking" Clane que interessa

02.08.2007, às 17H00.
Atualizada em 01.11.2016, ÀS 22H03

O Omelete esteve, representado pelo Collider, num evento especial de Duro de Matar 4.0 em Los Angeles. Na ocasião, Bruce Willis, Justin Long e Len Wiseman (diretor) conversaram sobre o novo filme da série do policial John McClane, surgido em 1988 no cinema no longa de John McTiernan.

Duas décadas se passaram e McClane retorna à ação. Desta vez ele está em Washington às voltas com terroristas tecnológicos que atacam a rede de comunicação dos Estados Unidos. Ele precisa impedir um colapso nacional nos sistemas do governo programado para o Dia da Independência.

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Confira abaixo o papo:

Nos primeiros três Duro de Matar, John McClane parecia um herói relutante, que não queria estar naquela situação. Neste ele abraça seu papel de herói...

Bruce Willis: Sério? Não é o caso. Estou relutante o filme todo. Mas agora você me deixou super-relutante...

Len Wiseman: Por que você achou isso?

Ele realmente assume o comando e tem reações bem diferentes das usuais.

Len Wiseman: Bom, quando você deixa o cara acuado...

Bruce Willis: Não, não... John McClane ama seu país, ama sua família e jamais deixaria machucarem qualquer pessoa inocente. É por isso que ele se transforma.

No filme, seu personagem aparece extremamente protetor, até demais. Você é assim com sua família?

Bruce Willis: Tenho um pouco disso sim, mas é meio exagerado no filme. Minha relação com minhas filhas é mais avançada. O que faço como pai é tentar mandá-las para o mundo com o máximo de informação possível sobre o que esses moleques de 16 e 18 anos estão querendo. Mas, sim, é exagerado no filme e a personagem Lucy McClane nem estava no rascunho original do filme. Foi uma idéia que nós tivemos e gostamos e Mary Elizabeth Winstead fez um ótimo trabalho, trazendo seu próprio "McClanismo" ao filme, ajudando bastante no final, de forma engraçada e no espírito da série.

Mas eu também quero sempre saber com quem elas estão saindo. Sempre tenho que conhecer os amigos. Dou uma olhada neles, sabe? Outro dia elas levaram um pessoal em casa, na piscina, e eu cheguei num dos caras e perguntei "qual o seu nome" e ele disse "Sinjin" e eu, olhando feio, "você está no comando. Se qualquer coisa acontecer com as minhas filhas eu vou primeiro procurar você. Mas não vou te matar primeiro. Vou matar todos os seus amigos na sua frente e vou deixá-lo por último". Coitado do cara. E ainda se chama Sinjin... é cada nome que as pessoas inventam...

Justin Long: Eu tenho que dizer que conheci os filhos dele. São muito inteligentes, têm um astral ótimo e são espertos. E me zoaram demais.

Len Wiseman: Zoaram mesmo. E tiraram sarro do meu anel de casamento.

Bruce, como você encontrou Len, o que ele fez que chamou sua atenção? E quais foram os desafios deste em comparação com os primeiros?

Bruce Willis: Minha filha Scout me mostrou Underworld (Anjos da Noite) e eu adorei. Coincidentemente, umas semanas depois a Fox me pediu pra conversar com ele e foi uma escolha fácil. Nós dois tinhamos idéias parecidas para o longa. E o resultado ficou ótimo. É um dos meus filmes favoritos da série. Nós dois queríamos ficar longe de computação gráfica, o que ficaria fácil demais num filme como esse, e competir com todos os outros blockbusters de computação gráfica do verão.

Len Wiseman: O maior desafio deste não foi a escala. Nós realmente achamos que usar uns brinquedinhos em vez de computação seria muito legal e divertido. O desafio foi a série, integrá-lo a uma trilogia existente, uma que eu adoro. Assim, tive duas responsabilidades: Uma, dirigir o filme. A outra, vê-lo como um fã, coisa que eu sou. Só aceitei fazê-lo porque sou um fã - e fiquei me cobrando isso o filme todo. Quanto à escala, explodir coisas é divertido.

Bruce Willis: É muito divertido.

Você hoje pode escolher fazer o que quiser, até filmes de Tarantino. Por que revisitar uma franquia cujo último capítulo já tem 12 anos de idade?

Bruce Willis: Boa pergunta. Eu poderia ter optado por me aposentar invicto. Quer dizer, os três primeiros fizeram coisa de 1,3 bilhão mundialmente e em DVD. Mas na verdade eu nunca fiquei tão feliz assim com o 2 e o 3 como fiquei com o primeiro. Então sempre quis fazer mais um, que retomasse elementos que tivessem a mesma qualidade do original. E o potencial de fracasso disso era enorme, mas nem posso explicar como me sinto agora, falando sobre um filme que achei forte e que saiu exatamente como eu queria. Sabe, às vezes eu faço umas porcarias...

Tipo?

Bruce Willis: [rindo] Eu acho que vocês sabem melhor do que eu de que filmes estou falando. Mas tem aquele dos calções no barco que é o pior [finge vomitar]. Antes de entrar nele eu lembro de ter pensado "quão ruim pode ser?" [o ator se refere a Zona de Perigo, de 1993].

O filme tem algumas cenas de ação intensas. Quanto tempo levou pra fazerem a do túnel, por exemplo?

Bruce Willis: Uns 10 dias, ou pouco menos. Fora a segunda equipe, que fez aquele carro girando no ar. Aquele é um carro de verdade e a cena foi refeita 6 ou 7 vezes até ficar perfeita.

Len Wiseman: Enquanto isso nós fazíamos a do helicóptero com o carro de polícia. Foi tudo lá.

Justin Long: Eu nunca tinha feito um filme como esse antes. Foi uma loucura pra mim ver esses dublês e essas seqüências. Ao ver o filme, esqueci completamente que trabalhei nele - a não ser quando eu aparecia -, não pensei que já sabia o final, essas coisas. Agora, é engraçado notar agora que a gente trabalhava por dias e dias numa cena, esperando horas pela preparação, e quando ela finalmente está lá em cima na tela, dura segundos.

Te zoavam muito com a coisa do "PC versus Mac"? [série de comerciais que Long fez e que ficou muito famosa nos EUA]

Justin Long: Demais, os desgraçados. E inventaram umas histórias também, tipo uma de que eu tenho três tescículos...

Len Wiseman: Não mostre pros jornalistas, por favor.

Justin Long: O gozado da história do Mac é que me reconhecem mais na rua por ele do que por qualquer coisa que eu tenha feito. Mas ao mesmo tempo, ninguém se impressiona com isso. As pessoas são extremamente casuais com o "cara do Mac". Tem gente que vem me perguntar dúvidas técnicas na rua.

Len Wiseman: Quando na verdade você sabe quase nada sobre computadores.

Justin Long: E interpreto o hacker sabichão aqui... pior é que pareço um hacker geek - e não sei nada de computadores.

Nesses anos todos tivemos uma enxurrada de boatos sobre possíveis histórias para o filme...

Len Wiseman: Vários! E Bruce me contou uma ótima, sobre um cara que chegou pra ele com uma idéia para Duro de Matar 4 que era num... prédio! "É o círculo completo".

Bruce Willis: E eu [bleargh]. E o cara disse "mas é um prédio muito, muito grande"!

Justin, você parece ter improvisado bastante no filme.

Justin Long: Sim, improvisei alguns diálogos. Eles sempre me pediam pra fazer o que estava no roteiro, mas em alguns momentos mais extremos eu sentia que devia falar outra coisa, pois estava temendo pela minha vida.

Len Wiseman: Ele improvisou bastante sim.E Bruce também. Mas filmar é isso, o roteiro é um mapa, mas quando a energia começa a fluir, novas idéias e coisas aparecem - e fazem o filme.

Bruce, você costumava dizer que não queria mais ser um astro de ação quando fizesse 50 anos. O que houve?

Bruce Willis: Bom, eu conheço um monte de policiais que têm a minha idade. Se você está em forma, dá pra fazer um filme desses e sobreviver. Eu malhei bastante pra ficar mais musculoso - e proteger meus ossos com esses músculos. Assim não me estilhacei cada vez que caí no chão. Tomei umas surras, mas sobrevivi. Mas ainda bem que não esperei mais uns anos. Levei um tempo me recuperando.

Então este é o último Duro de Matar?

Bruce Willis: Acho que não. A Fox já está pensando numa seqüência, mas eu disse a eles que só faço se Len também fizer.

Justin Long: E quem mais?

Bruce Willis: E Maggie Q.

Justin Long: ...

Bruce Willis: Claro, e Justin. Não dá pra fazer sem Justin. Mas, sabe, já são 21 anos desde que fiz o primeiro. Vocês me viram com 31 anos de idade, e agora tenho 52. Em alguns momentos desde estou nitidamente mais lento. E fazendo coisas que provavelmente não deveria estar fazendo.

Você assistiu aos primeiros antes desses?

Bruce Willis: Sim, e gosto de todos. Mas algumas coisas do segundo e terceiro não engulo. Fiquei tipo "não posso fazer isso, não posso fazer isso, não posso fazer isso..." Tipo as auto-referências. Decidimos que neste não haveria nada disso. Odiei elas no segundo e terceiro. Foi uma estupidez.

Len Wiseman: Isso me lembrou que no primeiro filme há uma cena que eu nunca tinha visto antes. Você está deitado no chão e atira nos joelhos de um sujeito. Os joelhos dele são estourados e ele cai pra frente, mas sem estourar o vidro. Só a cabeça dele atravessa o vidro.

Bruce Willis: Foi uma ótima cena do dublê.

Len Wiseman: Nuna tinha visto uma coisa daquelas antes.

Justin Long: Eu vejo sempre, na vida real.

Leia mais sobre o filme aqui

Entrevista publicada em parceria com o

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