John Cusack é do tipo que não gosta de participar do circuito de promoção dos filme. E isso está estampado em sua cara. Jogado no sofá e segurando uma xícara de café, ele vai respondendo às questões com o mínimo de palavras possível, sem demosnstrar qualquer tipo de sentimento quanto ao filme 2012 ou seu trabalho.
Mesmo assim, o nosso correspondente em Los Angeles, Steve Weintraub, do site parceiro Collider.com, conseguiu com que ele falasse sobre as filmagens, um novo projeto e um outro beeeem antigo, que está saindo lá fora em DVD e Blu-ray :-)
Veja o vídeo abaixo ou na Galeria de Vídeos ou leia a transcrição feita pela Carina Toledo:
Então, hoje eu estou cobrindo para o Brasil, um site chamado Omelete.
John Cusack: Muito bem.
Você já esteve no Brasil?
Nunca fui.
É um lugar para onde você gostaria de ir?
Sim. Toda a América do Sul, com certeza.
Tenho certeza que já te perguntaram sobre isso mas, quanto você acredita nessas coisas de 2012? E queria saber também se sua opinião mudou depois de fazer o filme?
Não, eu não acredito que será o fim do mundo. Acredito mais que teremos uma mudança na mentalidade das pessoas, sabe?
Mas você acredita que já está acontecendo com as pessoas, tipo com os problemas ambientais e a tecnologia verde que já permeou um pouco na cultura?
Sim, eu acredito. Acho que já mudou um pouco.
Ok, vou pular para as filmagens com água. Eu já acompanho sua carreira há algum tempo, e acho que você nunca fez algo que exigia tanto fisicamente como esse filme. Como foi para você se envolver com esse filme? Você sabia que seria um desafio tão grande?
É, eu tinha feito umas coisas de ação em vários filmes antes, mas nada nesse nível ou grandeza. Nesse tipo de filmes, você tem que ter cuidado porque nas primeiras 5 ou 6 vezes você consegue fazer tudo, não é tão difícil. Correr e pular uma cerca e escalar e saltar por cima e correr é como brincar no páteo da escola, mas se faz isso 35 vezes você começa a ficar com dor nas costas ou nos braços. Você tem meio que avisar às pessoas o quanto seu corpo aguenta.
Como é trabalhar com o Roland no set? Ele é um cara que gosta de fazer muitos takes ou tenta terminar rápido?
Bom, eu acho que numa produção desse nível e escala você tem que fazer vários takes e ângulos, porque é um filme de orçamento muito grande. Mas ele gosta de trabalhar rápido e chegar ao objetivo. Mas a natureza é o monstro e temos um filme épico. Ele é um cavalheiro, eu adorei trabalhar com ele.
Você passou cinco meses em Vancouver. Você ficou super empolgado quando acabou ou ficou um pouquinho triste de ir embora?
Sabe, eu adoro Vancouver. Também nós estávamos filmando num lugar fechado, em estúdios de som, então se estava chovendo não nos incomodava muito. E no verão lá é muito bonito. Então...
E como é trabalhar com a tela azul? É algo que você gosta de fazer ou que você pensa "ok, já deu"?
É só ok, sabe? Não me importo. Foi divertido.
Vamos falar sobre algo que você está envolvido agora, já que você já falou tanto sobre 2012. Eu sei que você tem o Hot Tub Time Machine saindo, que pra mim parece o filme mais legal de todos os tempos. Eu queria saber, você poderia falar um pouco sobre esse filme?
Claro. Trabalhei novamente com meu parceiro, roteirista e produtor Steve Pink. Foi algo que meio que aconteceu de última hora, quando o estúdio disse "você não quer entrar [para o filme] e produzir esse negócio e atuar? Mas nós temos que começar em 7 semanas" porque ia começar a nevar. Então nós decidimos jogar os dados e escrever o roteiro durante o processo. Mas foi ótimo, tem o Clark Duke, Rob Corddry e Craig Robinson e é bem bobo e ridículo.
Eu sei que tenho que encerrar mas sobre os 20 anos de Digam o que Disserem. Eu sei que está saindo o DVD e o Blu-ray do filme. É meio estranho pra você que isso foi há 20 anos?
É, é meio louco. Mas é legal que as pessoas gostam desse filme. Eu tive muito orgulho dele. Então fico feliz que as pessoas lembram dele.
Ok, muito obrigado pelo seu tempo, fico muito grato.
Obrigado.